A Arquidiocese de Belém realizou na noite de ontem, 17, a Missa da Ceia do Senhor e a cerimônia do Lava-Pés, na Igreja da Sé, Cidade Velha. O ato litúrgico foi celebrado pelo arcebispo metropolitano Dom Alberto Taveira Corrêa e é conhecido por relembrar os momentos finais de Jesus durante sua passagem na Terra, na ceia que antecedeu a traição de Judas.
A missa de ontem também faz referência ao Tríduo Pascal – que é a instituição da Eucaristia, do sacerdócio ministerial e do mandamento do amor – que além do Lava-Pés, ressalta a importância do Corpo e Sangue por meio da hóstia consagrada.
José Rubens de Castro, 81, pedagogo, foi um dos 12 homens escolhidos – fazendo referência aos discípulos que tiveram os pés lavados por Cristo na Santa Ceia – pela Igreja para serem agraciados em participar do momento de fé. “Achei uma coisa maravilhosa. Foi uma renovação que eu tive e que eu tenho que sair do pecado”.
Rosane Leitão, 65, servidora pública, acompanhou a missa na Sé e ressalta a importância da mensagem desta celebração aos católicos. “A celebração do lava-pés pra mim mostra a quem quiser ser o primeiro, que seja o último. Eu nasci para servir e não para ser servido, em um ato de humildade, um ato de servir ao irmão, no que parece, humilhação, lavar os pés do outro. Ele estava demonstrando ali toda a caridade e o amor que tem para nós, e que devemos ter para com o irmão”, ressalta.
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“Jesus, na última ceia, para a surpresa de todos, Ele resolve assumir uma posição de algo que era feito pelos escravos. São Paulo diz isso, na Carta aos Filipenses, de uma forma muito bonita. Ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz, tomou a posição de escravo. Então Ele se fez servidor para que cada cristão, em toda a história da Igreja, procure descobrir a sua forma de servir”, explica Taveira Corrêa.
“Cerebrar a Páscoa é celebrar Cristo que morreu e ressuscitou. A vitória vem de Jesus Cristo, a vitória da vida. Portanto, quando nós celebramos a Páscoa neste ano, que é o ano do Jubileu, nós queremos anunciar a todos que existe esperança para o mundo. Cristo é a nossa esperança”.
