25 C
Belém
quarta-feira, novembro 27, 2024
Descrição da imagem

Lula: “Não queremos transformar a Amazônia num santuário”

Date:

Descrição da imagem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a agenda diplomática bilateral com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), em Belém, nesta terça-feira (29), falou sobre o desmatamento na Amazônia e a importância dos povos indígenas.

Com a presença de lideranças indígenas, ele lembrou a importância da demarcação de terras, e afirmou que a quantidade de terras demarcadas para os povos indígenas hoje, no Brasil, não é suficiente para a manutenção da cultura e do estilo de vida das populações originárias. Ele afirmou, também, que os seus governos foram os que mais demarcaram terras indígenas no Brasil.

O presidente também se comprometeu em acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030, e fez um apelo aos países desenvolvidos. “A gente vai acabar [com o desmatamento] para provar ao mundo que nós vamos preservar nossa Amazônia. E nós queremos convencer o mundo de que o mundo que já desmatou tem que contribuir, de forma muito importante, para que os países que ainda têm florestas mantenham as suas florestas em pé”.

Conteúdo relacionado

Sonia Guajajara: “é hora da Amazônia falar pro mundo”Lula e Macron irão investir R$ 5,3 bilhões na AmazôniaSustentabilidade e bioeconomia são pautas de Lula e Macron

Ele disse também que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada em Belém em 2025, é importante para que o mundo ouça a Amazônia e aquilo que os povos da Amazônia querem. 

“Nós não queremos transformar a Amazônia num santuário da humanidade. O que nós queremos é compartilhar com o mundo a exploração e a pesquisa da nossa riqueza de biodiversidade, mas que os indígenas possam participar de tudo o que for usufruído do território”, disse.

Nobel da Paz

O presidente Lula também se comprometeu com a indicação do cacique Raoni ao Prêmio Nobel da Paz, e pediu que o presidente Macron se junte a ele. Macron condecorou Raoni Metuktir com a legião da honra, maior honraria francesa, durante a viagem ao Combu.

Quer ver mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsApp

“Se depender de mim, e espero que se depender do Macron, a gente consegue fazer com que, pela primeira vez, uma indígena, com mais de 90 anos de idade, representando o povo indígena brasileiro, possa receber o Prêmio Nobel da Paz”. 

Segundo ele, ninguém em todo o planeta é mais merecedor de vencer o Nobel da Paz que o líder indígena.

Compartilhe

Descrição da imagem

Mais Acessadas

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Descrição da imagem