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domingo, maio 19, 2024
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Catadores denunciam suspensão da coleta seletiva em Belém

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Nos últimos meses, Belém vivencia uma verdadeira crise do lixo na cidade. Com coletas irregulares, limpeza urbana precária e diversos pontos de descarte irregular espalhados pela capital paraense, os moradores se viram diante de um abandono sem precedentes. Como proposta para solucionar parte do problema, a Prefeitura de Belém realizou uma Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Ciclus Amazônia.

No entanto, muitos problemas persistem e um deles é a suspensão da coleta seletiva em Belém. Em reunião com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) na última sexta-feira (3), representantes da “Rede Recicla Pará” — a qual compõe 16 organizações que integram 8 mil catadores de resíduos sólidos recicláveis na capital paraense — denunciaram que a coleta seletiva deixou de ser realizada na cidade nos últimos meses, até mesmo após o início das operações da Ciclus Amazônia.

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O encontro foi solicitado pelas lideranças das Cooperativas e Associações de Catadores da Cidade de Belém e teve como objetivo discutir o atual processo de coleta que está sendo implementado na capital e temas relativos à inclusão dos catadores no contrato com a Ciclus Amazônia, responsável pela coleta de lixo e limpeza urbana da cidade.

Os representantes das organizações reclamam da falta de participação no planejamento do contrato para a operação da Ciclus Amazônia, além da ação da Prefeitura de Belém, que retirou os equipamentos que viabilizavam o serviço de coleta seletiva pelas cooperativas e associações de catadores, tais como veículos para o recolhimento do material reciclável nas residências e disponibilização de esteira para a separação do lixo orgânico do reciclável.

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Outra questão levada ao MPPA pelos catadores é a demora na regularização imediata do trabalho de catador no novo sistema da Ciclus Amazônia, os quais, de acordo com as regras atuais da empresa, devem esperar 48 meses (4 anos) para começar a receber o pagamento pelo serviço. Segundo os trabalhadores, este período provoca uma situação insustentável, já que elem dependem da atividade como fonte de renda. Esperar esse prazo implicaria em sérias complicações financeiras e de sobrevivência.

BELÉM SEM RECICLAGEM

Confirmada como sede da COP 30 em novembro de 2025, conferência mundial da ONU para discussão das mudanças climáticas e da sustentabilidade, a gestão municipal de Belém vai na contramão do desenvolvimento sustentável e suspendeu a coleta seletiva de material reciclável.

De acordo com os catadores de resíduos sólidos para a reciclagem, atualmente, o lixo orgânico, inorgânico e todo o material que poderia ser reciclado está sendo recolhido nas residências pelos caminhões de lixo e levados diretamente ao Aterro Sanitário de Marituba, sem qualquer separação.

Durante a reunião com o MPPA, foi destacado que, durante o período em que o lixo ficou acumulado na cidade, os caminhões que prestavam o serviço de forma precária e irregular recolhiam os resíduos sólidos, os tratavam como entulho e os encaminhava para o “Lixão do Aurá”, em Ananindeua, sem aplicar qualquer critério ou dar oportunidade aos catadores de separarem o que poderia ser aproveitado para a reciclagem.

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