Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes que derrubou o sigilo de depoimentos de Militares e Civis nas investigações do golpe, o ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu quebrar o silêncio e se pronunciar sobre o caso. O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, em depoimento à Polícia Federal (PF), revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou três alternativas para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após a derrota eleitoral em 2022. Segundo o general, as opções discutidas foram a implementação do Estado de Defesa, do Estado de Sítio e a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).CONTEÚDOS RELACIONADOS: Foi golpe? Bolsonaro fica em silêncio em depoimento a PFPF diz que Bolsonaro aguardaria tentativa de golpe nos EUAEm entrevista ao site Metrópoles, Bolsonaro declarou que “não é crime” discutir medidas previstas na Constituição Federal. Ele sustentou que nenhuma das propostas foi levada adiante, afirmando: “Aqui não é Hugo Chávez, Maduro. Dados os considerados, quem dá a palavra final é o Parlamento.”De acordo com o ex-presidente, para a implementação do Estado de Defesa ou do Estado de Sítio, é necessário convocar um conselho com diversos integrantes, incluindo o presidente da Câmara e do Senado, e nenhum conselho foi convocado. Quanto à GLO, Bolsonaro ressaltou que “não se pode fazer do nada. Tem que ter fundamento”.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppO Estado de Defesa e o Estado de Sítio requerem a convocação do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, respectivamente, e sua decretação é submetida pelo presidente ao Congresso Nacional.Já a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é uma ação militar que reúne as Forças Armadas sob ordem direta do presidente, aplicada em situações de grave perturbação da ordem.Depoimento do ex-comandante da FABEm outros depoimentos recentes à PF, o ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior, também fez declarações impactantes. Ele afirmou que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro caso o então presidente tentasse “atentar contra o regime democrático por meio de alguns institutos previstos na Constituição”.Bolsonaro afirmou não ter tido acesso ao depoimento de Baptista Júnior e disse que só se manifestará após ter conhecimento integral do relato em questão.
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