O Supremo Tribunal Federal decidiu acatar a denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por supostas invasões a sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A denúncia da PGR argumenta que a parlamentar ordenou ao hacker que emitisse um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como se tivesse sido ordenado pelo próprio magistrado. A denúncia contra Zambelli foi acatada por unanimidade pela Primeira Turma do STF. O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, votou para tornar a deputada e o hacker, réus. Os votos então foram seguidos pelos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Carmem Lúcia.Quer mais notícias sobre Política? Acesse nosso canal no WhatsAppZambelli e Delgatti poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Ainda conforme a Procuradoria Geral da República (PGR), a parlamentar teria utilizados os serviços do hacker para “gerar ambiente de desmoralização da Justiça brasileira entre o final de 2022 e o começo de 2023, logo após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na últimas eleições. O que alegou a defesa de Zambelli? Em nota à imprensa, a defesa da deputada federal Carla Zambelli disse que a investigação não reuniu elementos que comprovem autoria do crime.
Zambelli publicou foto com Delgatti e prometeu ‘novidades’A relação entre Zambelli e Delgatti foi relevada por uma publicação da própria deputada, no Instagram. No texto, que continua no ar, ela afirma que havia se encontrado no dia 28 de julho, em um hotel em Ribeirão Preto (SP), com “o homem que hackeou 200 autoridades, entre ministros do Executivo e do Judiciário brasileiro”Na ocasião, Zambelli fez uma nota enigmática sobre a reunião com o hacker. Ela afirmou que “muita gente deve ficar de cabelo em pé” depois desse encontro fortuito, e prometeu: “Em breve, novidades”.
