O Dia do Bibliotecário é comemorado nesta quarta-feira (12). A data foi instituída por meio do Decreto n° 84.631, publicado no dia 12 de abril de 1980. O 12° dia de março foi escolhido para a celebração da data por referência ao dia de nascimento de Manuel Bastos Tigre (1882-1957), poeta e escritor considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil. Entre as atividades, os profissionais de Biblioteconomia são responsáveis pela organização, classificação, catalogação e disseminação da informação em diversas áreas do conhecimento.
A bibliotecária Socorro Baia, 65, formada há 41 anos, é coordenadora da Biblioteca Pública Arthur Vianna e atua no órgão há quatro décadas. Conforme destaca a bibliotecária, são quase 800 mil itens na biblioteca, distribuídos em livros, periódicos, jornais, brinquedos, gibis, DVDs, CDs, vinis e todo tipo de material de suporte, com público visitante de 500 pessoas por dia nos diferentes espaços da biblioteca.
“Tem muitas pessoas que vêm estudar e passam o dia todo aqui. Há também pessoas que emprestam algum material e vão embora. Vem muita gente para o infocentro, onde tem computador com acesso à internet e pesquisa. Então, ainda é um número bastante grande de visitantes, mesmo com a tecnologia, que a gente diz que é nossa aliada e veio para facilitar esse acesso. O público ainda procura muito para emprestar livros e também vem muita gente estudar, por exemplo, quando é período de Enem”, explica a bibliotecária sobre a rotina de trabalho.
Baía destaca que existe toda uma preparação do acervo para disponibilizar as obras ao público, com bastante trabalho quanto à gestão, tratamento e disponibilidade da informação aos visitantes. “Esse é o papel principal do bibliotecário. Eu vivi a minha vida toda em função da Biblioteca Pública, porque ela é aquela que atende a todos e é de todos. É a biblioteca que realmente acolhe as pessoas”.
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Família
Também bibliotecária, Terezinha Lima, 67, é formada em Biblioteconomia há 44 anos. Para ela, trabalhar em uma biblioteca pública é como estar em família. “Eu sempre falo para os estagiários de Biblioteconomia, quando eles vêm para cá, eu digo que aqui é uma escola. Porque aqui é uma biblioteca completa. Talvez na graduação eles não tenham toda essa experiência de promoção da leitura, de habilidades dentro da área, como se tem aqui na biblioteca, porque aqui eles passam por vários setores”, destaca.
Bibliotecária na Fonoteca Satyro de Mello, espaço onde são disponibilizados ao público um repertório de cerca de 20 mil títulos entre discos e CDs que vão desde obras eruditas (concertos musicais, recitais e clássicos do Jazz) à músicas infantis (Xuxa, Trem da Alegria e Turma do Balão Mágico), Lima afirma que é apaixonada pela rotina e pelo trabalho e que por meio da Biblioteconomia conseguiu conhecer boa parte do Pará.
“A Biblioteconomia me deu muito conhecimento e informação e me levou para vários lugares no nosso estado por conta da minha profissão. Os trabalhos vão além de você atender a um público, de você tratar um livro. Você tem inúmeras oportunidades dentro da Biblioteconomia, como por exemplo, você levar o conhecimento para os mais diferenciados lugares”, ressalta Lima sobre os 41 anos trabalhando na Biblioteca Pública Arthur Vianna.