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quinta-feira, março 6, 2025
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Santa Casa do Pará realiza 110 partos no período do Carnaval

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A Santa Casa do Pará, uma das maiores maternidades do país, registrou, durante os dias de Carnaval deste ano, uma alta procura por gestantes. Na área de Urgência e Emergência Obstétrica (UEO), foram atendidas 424 mulheres, das quais 172 precisaram ser internadas, resultando em 110 partos.

Maria Gracilene Ribeiro, moradora da localidade de Abade, distrito de Curuçá, no nordeste do estado, chegou à maternidade no último domingo. Ela conta que não pôde aproveitar o Carnaval em sua cidade devido ao nascimento de seu segundo filho, Isaque Vinicius Fonseca.

“Achei que voltaria para casa no mesmo dia, após um atendimento emergencial. Mas, ao chegar aqui, fui bem atendida, colocada na sala de observação e, posteriormente, internada para realizar a cesárea. Em pleno Carnaval, quando pensei que estaria pulando e me divertindo, ganhei meu menino, que nasceu com 4 quilos e 106 gramas e 51 centímetros. Graças a Deus, deu tudo certo, e o Isaque está ótimo”, relatou.

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Assim como Maria Gracilene, centenas de mulheres foram transferidas ou procuraram espontaneamente a maior maternidade do Pará. “O número de atendimentos na Santa Casa está sempre crescendo, e percebemos que, no período do Carnaval, há um aumento significativo de pacientes vindas do interior do estado para dar à luz aqui”, informa a enfermeira Ezilene Souza.

Shirley Lopes, moradora de Limoeiro do Ajuru, conta que estava a caminho do Carnaval de Cametá quando começou a sentir dores. “Foi de repente. Eu estava na rua no domingo, e, por volta das 13h, me trouxeram para cá. Cheguei à Santa Casa por volta das 17h e, às 20h, minha primeira filha nasceu de parto normal. Não deu tempo de pular o Carnaval. Eu estava esperando por ela, mas tudo aconteceu de repente. Achei que sentiria dor apenas no fim da semana, mas ela resolveu vir um pouquinho antes. Já estava pulando para sair”, brinca. Marília Queiroz, médica coordenadora da Maternidade da Santa Casa, explica que, nos feriados prolongados, o número de atendimentos obstétricos tende a aumentar. Por isso, a maternidade mantém um regime de plantão especializado para atender mulheres de todo o estado. “Isso reflete na quantidade de pacientes que ficam na urgência e emergência aguardando leitos. Por esse motivo, acionamos nosso plano de contingência para liberar mais altas, permitindo que mais pacientes subam para as enfermarias. Também adotamos medidas na própria Urgência e Emergência Obstétrica (UEO) para garantir a segurança dessas mulheres”, destaca.

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“Quando a UEO recebe um número muito grande de pacientes, há um impacto direto no Centro Obstétrico e no PPP. Atendemos casos de risco habitual, mas o mais importante são as vidas salvas, especialmente das gestantes que chegam com complicações e que precisam de cuidados intensivos”, finaliza Marília Queiroz.

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