DCM – A defesa da ciência e do multilateralismo estarão entre as prioridades do Brasil no comando da COP 30 (Conferência do Clima da ONU), de acordo com o embaixador André Corrêa do Lago. Em discurso na Assembleia Geral da ONU nesta quarta (5), em Nova York (EUA), ele convocou governos de todo o mundo a atuar pelas pautas.
O embaixador, que é presidente da COP 30, não citou nominalmente Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, mas sua declaração foi interpretada como uma contraposição à postura do governo americano, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.
Corrêa do Lago publicará na próxima semana uma carta aos governos, que detalhará os trabalhos e as prioridades para 2025. O evento ocorrerá no final do ano em Belém (PA) e a organização do encontro foi afetada pela decisão de Trump de deixar o Acordo de Paris.
O Brasil adaptou as pautas do encontro e foi obrigado a adiar o anúncio de seu programa para o evento. Diplomatas têm consultado as opiniões e posições de governos de todo o mundo após a ruptura inesperada da Casa Branca.
No discurso desta quarta, Corrêa do Lago afirmou que “vivemos a urgência global” após o ano de 2024 ser registrado como o mais quente da história. “Não é mais um tema da ciência ou das negociações. Ela chegou às nossas portas e vidas”, apontou.
Ele ainda defendeu que os países atuem contra o problema por meio de instituições e acordo. O presidente da COP30 ainda afirma que “não há futuro” sem a cooperação entre os governos.
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