Clube do Remo e Paysandu se enfrentam neste domingo (23), às 17h, no Estádio do Mangueirão, em um Re-Pa que vem tendo uma repercussão incrivelmente grande que apenas a rivalidade explica.
O primeiro clássico do ano não vale muita coisa em termos práticos. Na sétima rodada da primeira fase do Parazão, com os dois clubes já classificados, os clubes disputam a liderança da fase classificatória com o Bragantino.
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Os dois rivais vêm jogando basicamente o mesmo futebol, com o time azulino sendo bem mais objetivo. As equipes ainda se encontram em uma etapa semelhante dentro da temporada, tendo reformulado seus elencos.
Leão e Papão mantiveram uma base pequena de 2024 e muitas contratações foram feitas visando a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, aí, sim, quando a temporada fica mais importante para os dois lados.
O Leão Azul vem fazendo experimentos no seu time com o técnico Rodrigo Santana em busca da melhor formação. No Papão, já houve uma queda de técnico, com a saída de Márcio Fernandes para a chegada de Luizinho Lopes.
Isso fez o trabalho atrasar, sem sombra de dúvida, mas a diretoria bicolor considerou que seria um bom momento para fazer essa mudança de percurso. Os dois times ainda têm reforços para estrear, jogadores que chegaram recentemente, alguns ainda em busca de melhor condicionamento físico.
Os números tendem todos para o lado de Antônio Baena, mas dizer que há um favorito hoje é ir totalmente contra a história dos clássicos. O equilíbrio deve permear, inclusive na arquibancada, com os dois lados do Mangueirão completamente lotados.
Líder isolado da fase, o Remo já teve em 2025 a sua cota de vexame, quando caiu ainda na primeira fase da Copa Verde, perdendo numa disputa de pênaltis em casa para o São Raimundo-RR.
Ainda assim, no Parazão, o Leão conseguiu manter uma boa média. As atuações não são das melhores, como era de esperar nesse momento da temporada, mas os pontos estão acontecendo e as vitórias estão vindo.
“O trabalho segue firme, com uma semana muito boa. A base está conseguindo entender essa atmosfera do clássico, o que ele exige e como a torcida enxerga. Acho que é um grupo que se identificou muito rápido com o clube, entendeu também a nossa forma de jogar e a gente precisa fazer um jogo bastante inteligente e equilibrado para chegar à vitória”, comentou o técnico azulino Rodrigo Santana.
Pelo Paysandu, o mais perto do vexame foi o 0 a 0 com o Porto Velho-RO, também pela Copa Verde, com o Papão buscando o empate no segundo tempo e decidindo a vaga nos pênaltis em plena Curuzu.
Houve uma derrota para o Santa Rosa pelo Campeonato Paraense, mas isso também vai para a conta da fase de preparação do elenco. Os dois times chegam para o confronto quase sem desfalques.
O quase fica por conta do Papão, já que o atacante Pedro Delvalle levou o terceiro amarelo na rodada anterior e está suspenso para o clássico.
“Vamos continuar trabalhando para podermos fazer jogos mais convincentes, com mais equilíbrio durante toda a competição. A vitória (na rodada anterior) foi muito importante, fiquei muito feliz, foi a minha primeira pelo Paysandu. Mas é preciso mais. A torcida quer ver o time passando mais confiança, talvez mais equilibrado”, finalizou o treinador bicolor Luizinho Lopes.
