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sábado, outubro 19, 2024
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Torcida faz vaquinha para quitar dívida da Arena Corinthians

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A torcida é capaz de fazer loucuras pelo time de coração e o Corinthians não pode reclamar de seu torcedor, que está prestes a realizar mais um ato de amor ao Timão.

A Caixa Econômica Federal, o Corinthians e os Gaviões da Fiel, maior organizada do clube, assinaram nesta sexta-feira (18) um protocolo de intenções para o projeto da torcida para pagar o financiamento do estádio da equipe alvinegra, em Itaquera.

Durante a assinatura do termo, o presidente da Gaviões da Fiel, Alexandre Domênico, conhecido como Ale, afirmou que sua expectativa é que a torcida possa quitar o débito em até seis meses após o lançamento da campanha, prevista para a primeira quinzena de novembro.

Com a formalização do documento, registrado em uma das sedes da Caixa na Av. Paulista, as partes devem anunciar uma plataforma e uma chave pix para dar início à campanha de arrecadação dos fundos. A ideia é que o dinheiro seja destinado diretamente para o banco estatal, sem a possibilidade de movimentação pelo Corinthians ou pela organizada.

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Estiveram presentes a diretoria do Corinthians, incluindo o presidente Augusto Melo, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além de representantes dos Gaviões.

“Devido à força da torcida e os números de marketing que nós estudamos, nós acreditamos que podemos pagar a dívida em seis meses ou até menos”, disse Ale à Folha.

O presidente da Gaviões afirmou que acredita que a meta poderá ser alcançada mesmo que o engajamento consiga mobilizar uma fração dos torcedores. “Se 5 milhões de torcedores doarem R$ 20 por mês, nos seis meses, é só vocês fazerem o cálculo.”

De acordo com o presidente do Corinthians, Augusto Melo, o clube não fará nenhum aporte como instituição, mas ele pessoalmente prometeu fazer uma doação. Além disso, deixou claro que o clube vai ajudar na divulgação da campanha, mas a iniciativa é exclusiva da torcida.

De acordo com o último balanço divulgado pelo clube, em setembro deste ano, a dívida atual é de cerca de R$ 710 milhões. O projeto de organizar uma vaquinha para abater esse débito foi anunciado pela Gaviões no dia 1º de setembro, no aniversário do time do Parque São Jorge.

Na ocasião, os torcedores informaram que seria necessário concluir trâmites burocráticos entre o clube e o banco estatal para criar a chave pix. Desde que foi anunciado, porém, o projeto passou a ser alvo de golpes financeiros, com criminosos solicitando dinheiro aos torcedores comuns. Tanto a Gaviões quanto o Corinthians fizeram campanhas para alertar sobre os golpes.

PROPOSTA RECUSADA

Recentemente, o Corinthians teve uma iniciativa própria recusada pela Caixa para quitar o financiamento do estádio. A ideia foi apresentada por Duílio Monteiro Alves, em 2023, na reta final de seu mandato, já no período eleitoral no clube.

Então membro da situação, o ex-mandatário apoiava o candidato André Luiz de Oliveira, o André Negão, derrotado por Augusto Melo, que criticou à época o fato de projeto ter sido divulgado em meio ao pleito.

A proposta apresentada era baseada em duas fontes de receitas. Primeiro, o clube pretendia repassar para o banco o dinheiro recebido da Hypera Pharma no contrato de naming rights da arena. Além disso, a oferta previa, ainda, créditos que seriam adquiridos em contratos de FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), que são como títulos de dívidas do Governo que a própria Caixa, gestora do Tesouro Nacional.

A ideia do clube era comprar esses títulos junto a empresas e repassar para o banco, na teoria, anulando o valor que era devido.

Na resposta enviada ao Corinthians, o banco explicou que não poderia aceitar o dinheiro do contrato com a Hypera porque o crédito não pertence formalmente ao clube, mas sim ao Arena Fundo de Investimentos, que atualmente é de propriedade do clube, e responsável pelo pagamento do financiamento.

De acordo com a Caixa, o dinheiro deste contrato não poderia ser usado para esse fim com base em um entendimento prévio da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Por isso a ideia foi classificada pelo banco como “inviável”.

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