Imagine a situação: em determinado momento do dia você sente um sintoma mais forte ou diferente do habitual e logo surge a dúvida se será necessário procurar o atendimento de emergência em algum hospital ou é possível aguardar por uma consulta com o médico especialista. O que fazer nesses momentos?
Há diferentes motivos que podem nos levar a procurar um médico. Isso envolve desde consultas periódicas e preventivas, um problema específico ou até mesmo acidentes que nos fazem buscar por atendimento de emergência, além de sintomas mais graves como os de ataques cardíacos.
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Mas, afinal, como saber se a dor no peito justifica chamar a ambulância ou sair correndo para o hospital? De acordo com o cardiologista Antonio Moreira, os sintomas e o tipo de dor podem ajudar a determinar o tipo de ajuda necessária. A dor no peito, por exemplo, sempre gera uma preocupação para quem a sente, afinal, esse pode ser considerado o sinal mais conhecido de um infarto.
“Evitar procurar atendimento médico pode ser arriscado em situações em que os sintomas parecem leves ou intermitentes, é difícil determinar a gravidade do problema sem avaliação profissional. Se os sintomas de dor no peito são recorrentes, leves ou breves, ainda assim é prudente consultar um médico para investigação e garantir que não haja preocupações subjacentes, especialmente se existirem fatores de risco como histórico familiar de problemas cardíacos e doenças prévias”, esclarece.
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Normalmente, qualquer dor torácica aguda ou desconforto súbito justifica atendimento de emergência. “A dor torácica é mais comum em situações que envolvem problemas cardíacos, como o infarto do miocárdio. Para essas causas potencialmente graves, o tratamento rápido é fundamental para a sobrevivência. Por isso, não é recomendado dirigir ou pegar carona para um hospital nestes casos. Enquanto aguarda a ajuda chegar, a pessoa deve descansar confortavelmente e evitar esforços físicos, mantendo-a calma e monitorando seus sinais vitais se possível”, afirma o cardiologista.
Entretanto, o sintoma nem sempre indica algo grave. Às vezes, o desconforto no peito é resultado de algo mais simples, como gases, azia, inflamação na cartilagem da costela ou até mesmo ansiedade. Antonio Moreira orienta que é necessário buscar um serviço de emergência quando o paciente identificar os seguintes sintomas: dor no peito intensa, sensação de pressão ou aperto; febre, alterações de fala, força ou sensibilidade; dificuldade respiratória grave ou sensação de sufocamento; desmaios ou perda súbita de consciência; vômitos, evacuação ou tosse com sangue; dor abdominal intensa e súbita; perda de força ou dormência em membros; exaustão acentuada que impede a alimentação ou a execução de atividades cotidianas e confusão mental.
o que fazer?
CASOS MENOS GRAVES
O médico explica que o ideal é procurar o consultório médico, evitando usar o Serviço de Emergência, nas seguintes situações:
Quando o paciente estiver com um resfriado (exceto se sofrer de doença crônica, tiver feito uma cirurgia recentemente ou estiver em tratamento quimioterápico);Estiver com sintomas de uma infecção leve;Apresentar pequeno ferimento (exceto se a ferida tiver sido causada por mordida de animal);Estiver sentindo uma dor que lhe é familiar. Neste caso, o melhor é procurar acompanhamento regular com seu médico de referência;Apresentar sintomas digestivos leves (plenitude, dor não aguda);Precisar renovar prescrições de medicamentos ou realizar exames de rotina.
ONDE PROCURAR AJUDA
Para o bom funcionamento dos serviços de saúde na Capital, é importante saber quando e onde procurar cada tipo de atendimento para cuidados com a saúde.
USFs – As Unidades de Saúde da Família são locais onde os usuários do SUS podem receber atendimento médico para diagnóstico e tratamento de cerca de 80% dos problemas de saúde. É nessas unidades que a população tem acesso a medicamentos gratuitos e vacinas. Oferece atendimento pré-natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos e de outras doenças como tuberculose e hanseníase.
Upas – As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febres altas, fraturas, cortes, infarto e derrame. A estrutura simplificada, com raio-x, eletrocardiografia, laboratório de exames e leitos de observação, colabora para a diminuição das filas nos prontos-socorros dos hospitais. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as unidades têm capacidade para atender sem necessidade de encaminhamento ao pronto socorro hospitalar mais de 90% dos pacientes. Estas unidades estão ligadas diretamente ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Samu 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Ao discar o número 192, o cidadão estará ligando para uma central de regulação que conta com profissionais de saúde e médicos treinados para dar orientações de primeiros socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, ambulância e equipe adequada a cada caso. Há situações em que basta uma orientação por telefone. O Samu atende pacientes na residência, no local de trabalho, na via pública, ou seja, por meio do telefone 192, o atendimento chega ao usuário onde este estiver. (Com informações do Ministério da Saúde)
Hospital – Unidade que deve atender casos de alta complexidade e emergência, encaminhados pelos postos de saúde, Upas ou por ambulâncias, além de fazer atendimento clínico geral em diversas especialidades. Conta com mais recursos tecnológicos de intervenção e funciona diariamente 24 horas e aos fins de semana. Utilização: casos de risco à vida, acidentes graves de trânsito, envolvendo ortopedia, neurocirurgia, oftalmologia e AVC, entre outros.