Faltando pouco mais de três dias para 2025, as preparações para a chegada de um novo ano já fazem parte da rotina de muita gente. Há quem já tenha viajado para fora da cidade onde mora para curtir o réveillon. Em Salinópolis, um dos destinos mais badalados no fim de ano, uma decisão judicial tem causado polêmica entre turistas, moradores e comerciantes locais.
O uso de carretinhas, paredões e demais tipos de sons automotivos foi proibido durante as festas de fim de ano em Salinas. A medida atinge alguns dos locais mais frequentados do município, como as praias do Atalaia e Farol Velho, assim como a Ponta da Sofia.
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A decisão foi assinada pelo juiz Antônio Carlos de Souza Moitta Koury, da Vara Única da Comarca de Salinópolis. Segundo o magistrado, o motivo são uma série de denúncias e relatórios que atestam os impactos negativos provocados pelo uso de sons automotivos na localidade, principalmente neste período de grande movimentação de visitantes nas praias do município.
A determinação judicial proíbe o uso dos equipamentos de som automotivo até o dia 6 de janeiro nos pontos citados e uma restrição de circulação de um quilômetro de distância dos acessos aos locais.
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O juiz Antônio Carlos Koury aponta, ainda, que o uso dos potentes sons automotivos na região provocam poluição sonora, que é prejudicial aos moradores de Salinas e à fauna local, como as tartarugas marinhas em período de desova.
O magistrado cita, ainda, que os paredões e carretinhas influenciam diretamente no acúmulo de lixo nas praias e no aumento da criminalidade, com registros de tráfico de drogas e de infrações de trânsito nestas ocasiões.
OPINIÕES DIVIDIDAS
A medida judicial dividiu opiniões. Enquanto muitos turistas e moradores celebram a proibição, outros argumentam que isso pode trazer impactos aos comerciantes e proprietários de estabelecimentos comerciais nas praias de Salinas, que fazem dos sons automotivos um atrativo para a permanência dos clientes.
O prefeito de Salinópolis, Kaká Sena (PP), se posicionou contra a medida judicial em seu perfil nas redes sociais. Ele declarou que a Procuradoria-Geral do Município entrou com um recurso junto ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para reverter a decisão em segunda instância.
“As pessoas que sobrevivem do Atalaia, que ganham seus recursos através das festas que tem no Atalaia, nós vamos preservar essas pessoas que tiram seu sustento dos eventos que acontecem na praia do Atalaia”, afirmou o prefeito.
FISCALIZAÇÃO
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), em virtude da decisão judicial da Vara Única da Comarca de Salinópolis, relacionada à proibição e permanência de veículos com sistema de som nas praias do Atalaia e Farol Velho, e na Ponta da Sofia, equipes integradas da Polícia Militar e do Detran fazem fiscalização 24 horas, além da montagem de barreiras e abordagens em veículos com carretinhas na PA-444 para orientações quanto à determinação judicial.
A Polícia Militar, por meio do Batalhão de Polícia Rodoviária, também realiza abordagens na barreira da PA-124, orientando veículos em deslocamento com carretinhas para a área urbana de Salinópolis.
