A Música Popular Brasileira, especialmente o samba produzido na Amazônia, perdeu nesta terça-feira (27) uma de suas vozes mais reconhecíveis. Com mais de duas décadas de carreira dedicadas à arte e à cultura do Pará, Luiz Leite, de 63 anos, faleceu em Belém, após enfrentar complicações decorrentes de um câncer no estômago.
O artista estava internado no Hospital Beneficente Portuguesa do Pará e foi entubado no início da semana. Desde o diagnóstico, passou por cirurgia e contou com o apoio de amigos e admiradores por meio de uma campanha nas redes sociais, que buscava arrecadar recursos para custear o tratamento.
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Luiz Leite iniciou sua carreira solo em 2001, mas sua trajetória no samba começou muito antes, em grupos como Tom Maior, Art Samba e Poeira Pura. Ele também era figura essencial no Carnaval de Belém, atuando como puxador de escolas tradicionais como Quem São Eles, Matinha e Rancho Não Posso Me Amofiná.
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Mais do que intérprete, Luiz era também pesquisador de MPB, dedicando-se a mergulhar na história e na estética do samba e de suas vertentes. Sua contribuição artística e cultural o transformou em um nome de referência na capital paraense.
A morte de Luiz Leite deixa uma lacuna na cena cultural paraense, mas seu legado segue vivo na memória de quem cantou, aprendeu e viveu o samba ao seu lado.