A Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro da Pedreira, em Belém, recebeu ontem (31), a ação do projeto “Lê Pra Mim?”, que tem como propósito fomentar o hábito da leitura entre crianças, proporcionando encontros literários em que artistas e outros convidados leem livros infantis brasileiros, estimulando o imaginário e o interesse pela literatura desde a infância.
A cada encontro, dois livros infantis são lidos, um por uma personalidade convidada de fora e outro por uma personalidade local. Além da leitura, eles compartilham suas histórias de vida. Ao final, cada criança participante recebe um livro infantil para levar para casa, de maneira a incentivar o hábito da leitura.
Na programação da escola pela manhã, os leitores foram a primeira-dama Daniela Barbalho e o coreógrafo Carlinhos de Jesus, que leram para cerca de 230 crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental 1. Pela tarde, a leitura das obras infantis foi realizada pela cantora da banda Xeiro Verde Hellen Patrícia e pelo carnavalesco Milton Cunha. A dupla fez a leitura para cerca de 200 crianças na quadra da escola.
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Hellen Patrícia leu a obra intitulada “Pretinho, o Sapato Medroso”, da autora Marcia Corrêa Barros. A cantora destacou que estudou na escola Nossa Senhora da Conceição Aparecida e que voltar décadas depois ao local fez despertar nela memórias afetivas.
“Eu cresci aqui na Pedreira e estudei a alfabetização nesta escola. Fiquei muito feliz em ser convidada para ler para as crianças porque acredito que desta forma a gente pode estimular os estudantes a lerem mais livros, em um mundo hoje com tanta tela”.
Milton Cunha realizou a leitura do livro “Barrinho, o Menino de Barro”, da autora Mabel Veloso. Para o carnavalesco, a leitura nos conecta com a fantasia e abre portas para a realização de sonhos. “É um momento de intimidade, de fantasia. Então, sempre que a gente cresce lendo, a gente é um adulto melhor, mais compreensivo, mais democrático, mais inclusivo”.
O “Lê Pra Mim?” teve início em 2010 e já realizou 42 edições em 22 cidades do Brasil. Ele foi criado pela atriz Sônia de Paula e produzido por Marcelo Aouila, ambos da Associação Cultural Somar Ideias. De acordo com a criadora do projeto, as obras são referências na literatura infantil. “Com o projeto, a gente planta uma semente para que as crianças não deixem de sonhar. Um local se faz com conhecimento, e o conhecimento vem da leitura, vem dos livros”.
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A pedagoga Fabricia Costa, 43, foi prestigiar a atividade e ficar perto da filha Maria Flor, 6, que está no 1º ano do fundamental 1. Segundo a pedagoga, a leitura sempre é importante para a educação das crianças e contribui para o desenvolvimento na infância. “O projeto faz uma leitura dinâmica e lúdica para deixar a criança envolvida e estimulada. Eu sempre leio para a minha filha em casa, pois acredito que a educação por meio da leitura se transforma”.
A estreia desta edição do projeto foi em Belém, na escola Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Logo após seguirá para Manaus (AM), Sinop (MT) e Porto Velho (RO). A expectativa é beneficiar cerca de 1000 alunos somente na capital paraense.
Serviço
Programação “Lê Pra Mim?” em Belém
- 1º de abril: Escola Estadual Mateus do Carmo, na Terra Firme – 8h30 – Jalília Messias e Saulo Sisnando / 15h30 – Adriano Barroso
- 2 de abril: Creche Estadual Orlando Bitar, em Nazaré – 9h30 – Edilson Moreno / 14h30 – Sônia Santos
- 3 de abril: Escola Estadual Vera Simplício, no Telégrafo – 9h30 – Célia Pinho / 14h30 – Nando Cunha e Tanto Tupiassu
- 4 de abril: Escola Estadual Pratinha 2, na Pratinha 2 – 9h30 – Danielle Batista / Sônia de Paula e Marcelo Aouila
Saiba mais
- O projeto possui mais de 38 mil beneficiados e já distribuiu 33 mil livros. Cada sessão conta com um intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) para tradução simultânea, garantindo a inclusão de crianças com deficiência auditiva.
- Mais de 700 artistas participaram das leituras, como Fafá de Belém, Juliana Paes, Roberta Miranda, Fátima Bernardes, Maitê Proença, Reynaldo Gianecchini, Laura Cardoso, Marisa Orth e Susana Vieira. O projeto tem realização do Ministério da Cultura, Governo Federal e Associação Cultural Somar Ideias.
