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quarta-feira, março 12, 2025
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Produção agropecuária coloca Pará em destaque no Brasil

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O Pará é líder nacional na produção de commodities como soja, milho e cacau, além de ser uma referência na pecuária bovina, com um dos maiores rebanhos do Brasil. Um crescimento impulsionado pela expansão das áreas cultivadas, uso de tecnologia e investimentos em infraestrutura logística, como rodovias, hidrovias e portos, que facilitam o escoamento da produção. Assim, o setor agropecuário paraense firma-se como potência econômica, mantendo-se na vanguarda produtiva da Região Norte e consolidando-se como a fronteira agrícola da Amazônia. É o que constata o “Boletim Agropecuário do Pará 2024”, desenvolvido pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

PECUÁRIA

O Estado possui o maior rebanho bovino da região Norte, passando de 1,6 milhão de cabeças em 1977 para 25 milhões em 2023, representando um aumento de mais de 15 vezes e alcançando o maior volume da série histórica.

No âmbito nacional, o Pará é o segundo maior produtor, com 10,5% do rebanho total do Brasil, com destaque para São Félix do Xingu, o maior produtor do Brasil, com um rebanho de 2,5 milhões de cabeças. Marabá ocupa a quinta posição no ranking nacional e Novo Repartimento a sexta posição, ambos com 1,3 milhão de cabeças. Altamira, por sua vez, alcançou a oitava colocação, com 1,1 milhão de cabeças.

O Pará lidera também o maior rebanho bubalino do país, consolidando-se como o principal Estado nessa atividade pecuária. Em 2023, foi responsável por 40,9% do efetivo nacional, contabilizando 683,6 mil cabeças, um crescimento expressivo de 6% em relação ao ano anterior. Chaves lidera o ranking estadual com 237,2 mil cabeças de búfalo, representando 34,7% do total. Soure, segue como segundo maior produtor estadual com 105,4 mil cabeças, contribuindo com 15,4% do rebanho. Cachoeira do Arari ocupa a terceira colocação, com 8,2% do rebanho paraense, equivalente a 55,8 mil cabeças.

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Entre 1997 e 2023, a produção de carnes no Pará teve um crescimento notável, mais de seis vezes, passando de 128,5 milhões de toneladas para 866,6 milhões de toneladas, um aumento absoluto de cerca de 738,1 milhões de toneladas. Em 2023, o Pará exportou 106,2 mil toneladas de carnes, com dez municípios representando mais de 99% dessas exportações.

Água Azul do Norte é o principal exportador, com 28,2% de participação nas exportações estaduais. Rio Maria ocupou a segunda posição, com 19,6%, seguido por Castanhal, que contribuiu com 16,2% das exportações.

A carne bovina continua sendo a principal fonte de produção, seguida da carne de frango, que tem mostrado um crescimento expressivo ao longo dos anos.

AGRICULTURA

O Pará destaca-se no cenário agrícola nacional por sua vasta extensão territorial e pela produção de culturas estratégicas, mantendo uma posição de liderança na produção de mandioca (3,8 milhões/T), dendê (2,8 milhões/T) e açaí (1,6 milhões/T), cujos volumes superam significativamente a média nacional. Além disso, o Estado também se sobressai na produção de banana (0,4 milhões/T), abacaxi (0,3 milhões/T), coco da baía (0,2 milhões/T), cacau (0,1 milhões/T) e pimenta do reino (0,04 milhões/T), reforçando seu papel no fornecimento de alimentos para consumo direto e para uso como insumos industriais.

Entre 2000 e 2023, a agricultura do Pará apresentou crescimento médio de 7,6% ao ano no valor da produção. Nos últimos quatro anos do período analisado, o crescimento foi consecutivo, culminando com um recorde de R$ 28,6 bilhões no valor da produção agrícola em 2023. Igarapé-Miri destacou-se como o principal produtor estadual, com 9% de participação, seguido por Paragominas (7,2%) e Dom Eliseu (4,4%).

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EXPORTAÇÃO

O Estado destaca-se como um dos principais polos agroexportadores do Brasil. O Pará exportou 5,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários, aumentando esse quantitativo em 33,5% frente a 2022. Na série histórica, entre os anos 2000 e 2023, houve variação estadual positiva de 587,4%.

Dentro do panorama nacional, o Pará avançou para a 11ª colocação entre os Estados que mais exportaram produtos agropecuários, com participação de 3% em 2023 e aumento de 34,7% em relação ao ano anterior. Paragominas registrou a maior participação estadual, alcançando 25,1% e crescimento de 48,8% em um ano. Em seguida, vem Santarém, com 21,9% de participação e crescimento de 30,6% frente a 2022.

Os produtos do reino vegetal representaram 91% de todo o quantitativo exportado, indicando a tendência de demanda do mercado internacional. Em seguida, encontra-se a exportação de madeira, que correspondeu a 4% do total. Sequencialmente, aparecem os animais vivos e produtos do reino animal, com 4%, e gorduras e óleos animais e vegetais, com 1%.

Os principais produtos agropecuários exportados foram a soja e o milho. Em 2023, a soja participou com 61,3% do total de volume exportado, crescendo 32% em comparação a 2022 e valor de exportação de US$1,6 bilhão. O milho apresentou variação de 44,7% entre 2022 e 2023, registrando participação de 33,4% e valor exportado de US$ 401,6 milhões.

Emprego

  •  No Pará, 509 mil pessoas ocupavam o setor agropecuário em 2023. No curso da série histórica de 2002 a 2023 de emprego formal, a evolução do estoque no Estado atingiu 274,2%, o que representou um acréscimo de 47 mil vínculos. De 2022 a 2023, o emprego formal cresceu 1,3%, totalizando 63,8 mil vínculos.
  •  Na distribuição municipal dos vínculos formais do setor agropecuário, o município de Tailândia foi o que registrou a maior participação, seguido de Moju e Paragominas, com participações de 5,9% e 5,5%, respectivamente. O maior crescimento identificado entre os dois anos de análise foi em Concórdia do Pará, com variação de 18,1%.
  •  A criação de bovinos para corte foi o setor com mais vínculos no estado, acumulando participação de 37,6% em 2023. Em seguida, aparecem cultivo do dendê, com participação de 21,8%, e criação de frangos para corte, com 6% dos vínculos formais. O cultivo de açaí registrou o maior crescimento dentre as principais atividades, da ordem de 36,5% em um ano.

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