O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese Pará), ao analisar dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), constatou que nos últimos 12 meses (entre maio de 2024 e maio de 2025) o botijão de gás de 13 quilos ficou 6,06% mais caro em todo o país.
Porém, no Pará, a média de aumento foi de 5% no mesmo período, chegando a R$ 112,49. “Pagar 120 reais, duas vezes por mês, é um negócio pesado. Bem caro, bastante caro. Aqui na Marambaia, por exemplo, eu moro aqui, eu compro no mesmo lugar há anos, desde sempre no mesmo fornecedor. Então, a gente ainda tem esse privilégio que eles dão um desconto por ser cliente antigo, tudo mais. Mas eu conheço pessoas que passaram inclusive a cozinhar na lenha”, relata o cabeleireiro Nassri Waked, 70.
CONTEÚDOS RELACIONADOS
- Planejamento é indispensável para manter as contas em dia
- E a alimentação básica que não para de subir?
- Pão careca fica mais caro e pesa no orçamento do consumidor
O maior preço registrado no Estado foi de R$ 150 e o menor de R$ 85. Na região Norte, o aumento no período foi de 4,62%, mas a média de preço registrada foi mais alta: R$ 119,35. Os vendedores de produtos alimentícios acabam sofrendo mais com as altas do preço do gás.
“A gente comprava ainda, ainda conseguia comprar aqui com desconto. Aqui tinha um preço diferenciado para food truck. Na época era 80 reais, se eu não me engano, era bem em conta. Agora já tá R$ 120. Então acabou o desconto”, relata Ellen Cunha, 56, proprietária de um food truck na Marambaia.
Quem ainda consegue comprar com desconto, por conta da quantidade, é Hilton Marcelo, 45, dono de duas vendas de coxinha no mesmo bairro. “Eu tenho um privilégio com o fornecedor, eu acabei de comprar um hoje. Comprei por R$ 95. Mas eu compro muitos, quatro por semana”, conta.
