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sábado, maio 31, 2025
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População denuncia precariedade em escolas municipais de Ananindeua

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Para ter educação de qualidade é necessário que as escolas tenham professores qualificados e uma estrutura completa para o aprendizado de adultos e crianças. Porém, esta é uma realidade diferente em um município na Região Metropolitana de Belém. 

A precariedade na infraestrutura das escolas municipais de Ananindeua voltou ao centro do debate público após a divulgação de vídeos nas redes sociais. Em uma das gravações, uma mãe — que preferiu não se identificar — denuncia as condições da Escola Municipal União e Fraternidade. Segundo ela, a filha ficou duas semanas sem frequentar as aulas devido ao calor extremo dentro da sala, que não conta com ventiladores nem ar-condicionado. “O ambiente é insuportável para crianças pequenas”, afirmou.

A denúncia se soma a uma série de reclamações feitas por pais, responsáveis e profissionais da educação, que relatam problemas que vão desde a ausência de professores até riscos à saúde e à segurança dos alunos.

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Situação crítica em diversas escolas

Na Escola Municipal Nilce Alves, no bairro Águas Brancas, a situação também é alarmante. De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP), Antônio Seabra, o prédio tem mais de 40 anos e não oferece condições adequadas de funcionamento. “Não existe espaço para educação física ou brincadeiras. A escola está abandonada, sem direção, com goteiras, infiltrações e instalações comprometidas”, denunciou. Segundo Seabra, a situação já foi comunicada ao prefeito Daniel Santos, mas nenhuma providência foi tomada até o momento.

Na Escola Municipal João Nunes de Sousa, alunos do Pré II estão sem aula desde janeiro de 2025 por falta de professores. A unidade enfrenta ainda problemas como superlotação, ausência de suporte especializado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), mato alto e estrutura precária.

O cenário se repete em outras unidades:

Escola Municipal Waldemar Mendes (Anexo): A escola funciona em um prédio alugado com sete meses de aluguel atrasado. Há registros de goteiras, fiações expostas e banheiros sem divisórias.

Escola Municipal Nossa Senhora Auxiliadora: O imóvel acumula 11 meses de aluguel em atraso, o que gera insegurança quanto à continuidade das aulas.

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Escola Municipal São Paulo: As obras de reforma iniciadas em 2019 ainda não foram concluídas. Além das infiltrações e problemas elétricos, a unidade sofre com a falta de professores em diversas disciplinas.

Escola Municipal Padre Gabriel Bulgarelli: Relatórios do Ministério Público apontam sérios riscos à saúde, com fiações elétricas aparentes, esgoto a céu aberto e banheiros interditados.

Pressão por respostas

Diante da gravidade das denúncias, entidades como o SINTEPP e o Ministério Público têm pressionado a Prefeitura de Ananindeua e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para que medidas urgentes sejam adotadas. No entanto, até o momento, os problemas continuam sem solução efetiva ou resposta oficial das autoridades municipais.

O DOL entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua e aguarda resposta.

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