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sexta-feira, maio 16, 2025
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Pará é líder em descobertas de cavernas na Amazônia

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O patrimônio espeleológico brasileiro cresceu significativamente nos últimos anos. Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), 2.668 novas cavernas foram registradas no território nacional entre 2023 e 2024.

Com estas adições, o Brasil alcança a marca de 26.046 cavidades naturais subterrâneas catalogadas, um aumento de 11,41% em relação a 2022. Os números constam no Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico Brasileiro 2023-2024, documento recém-publicado pelo ICMBio/Cecav que revela o avanço contínuo das pesquisas nesta área.

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“O cadastro de 2.668 novas cavernas desde a edição anterior do Anuário mostra um ritmo constante de descobertas e mapeamento. A média aproximada de 1.335 cavernas cadastradas anualmente nos últimos 15 anos comprova o crescente empenho e avanço da pesquisa espeleológica no país”, declara Jocy Cruz, coordenador do ICMBio/Cecav.

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Minas Gerais lidera, mas Pará se destaca

A distribuição de cavernas pelo território brasileiro apresenta concentrações significativas em alguns estados. Minas Gerais mantém a primeira posição com 12.911 cavernas, o equivalente a 49,57% no total nacional. O Pará ocupa o segundo lugar com 3.224 cavernas catalogadas, que representa 12,38% do patrimônio espeleológico brasileiro.

Os números posicionam o Pará como o principal estado amazônico em quantidade de cavernas, fato que ressalta a importância da região para estudos geológicos e de biodiversidade. Completam o ranking dos cinco estados com mais cavernas:

  • Bahia: 2.017 cavernas (7,74%);
  • Rio Grande do Norte: 1.373 cavernas (5,27%);
  • Goiás: 1.136 cavernas (4,36%).

Juntos, estes cinco estados concentram aproximadamente 80% de todas as cavidades naturais subterrâneas catalogadas no Brasil.

Cerrado abriga quase metade das cavernas brasileiras

A análise por biomas revela que o Cerrado concentra a maior parte das cavernas brasileiras, com 12.008 registros, o que corresponde a 46,10% do total. Esta concentração pode ser explicada pela composição geológica da região, favorável à formação de cavidades naturais.

Em contraste, os biomas Pampa e Pantanal apresentam as menores quantidades, com menos de 1% do total cada. O Pampa conta com apenas 38 registros, enquanto o Pantanal possui somente 12 cavernas catalogadas.

Cavernas: tesouros ambientais e científicos

As cavernas desempenham funções cruciais para o meio ambiente. O ICMBio destaca três principais contribuições destes ambientes:

  • Armazenamento natural de recursos hídricos;
  • Proteção e conservação de minerais raros;
  • Habitat para espécies únicas, muitas delas encontradas exclusivamente nesses ambientes.

Além de sua importância ecológica, as cavernas funcionam como laboratórios naturais para pesquisas científicas. Nestes ambientes, cientistas podem estudar diversos fenômenos, incluindo os impactos das mudanças climáticas sobre ecossistemas isolados.

O interesse científico por estes ambientes subterrâneos cresceu exponencialmente. De acordo com o ICMBio/Cecav, houve um aumento de 280% no número de pesquisas científicas relacionadas a cavernas nos últimos 16 anos.

Este crescimento no número de estudos reflete a crescente compreensão sobre a importância das cavernas para a conservação da biodiversidade e para o entendimento dos processos geológicos e ecológicos do território brasileiro.

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