A equipe de reportagem do DIÁRIO DO PARÁ esteve na sexta-feira em alguns pontos de Ananindeua registrando a situação crítica do lixo no município. Na Arterial 5-A com a Estrada do Icuí, próximo ao Canal, o canteiro virou ponto de descarte irregular de lixo de todos os tipos, desde pneus, papelão, restos de obras e alimentos.
O mau cheiro é perceptível de longe, e além da proliferação de moscas, o local também é usado para o abandono de animais.
Uma estrutura improvisada que remete à uma casinha, foi montada por moradores que se compadecem da situação dos animais. Transeuntes que precisam passar pela via, comentaram que o local nunca fica limpo e que com o período chuvoso, o perigo é a proliferação do mosquito transmissor da dengue, já que no espaço é possível notar garrafas e outros recipientes com água parada.
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Outro ponto bastante conhecido pelo descarte irregular de lixo, fica na Estrada do Curuçambá, próximo à Subestação Utinga, da Eletronorte. No terreno, urubus e animais domésticos dividem espaço e sacolas de lixo de todos os tipos, além do acúmulo de água que também propicia criadouros do Aedes aegypti.
DRAMA
No bairro do Distrito Industrial, moradores da Rua B (Heliolândia), vivem o drama da falta de serviço de coleta de lixo. Segundo informações de moradores que preferiram não se identificar, temendo retaliações, a coleta regular de lixo não funciona desde o período do Natal e Ano Novo, por isso acabam sendo forçados a lidar com o mau cheiro dentro de casa, uma vez que muitos preferem não pagar carroceiros para se livrar da sujeira, já que podem estar apenas levando o problema para outros locais. Nas esquinas, há acúmulo de sacolas de lixo domésticos.
A sujeira acaba se espalhando pelas ruas, já que muitos animais rasgam as sacolas em busca de restos de alimentos. “A gente não sabe o que fazer, porque se deixa em casa, a gente não aguenta o mau cheiro. Na rua tem esse tempo de chuva, que a água pode levar, vai acabar entupindo os bueiros. Ainda tem os cachorros que rasgam, é difícil nossa situação”, completou Ronaldo Antônio, 38 anos.
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A reportagem solicitou um posicionamento da Prefeitura de Ananindeua sobre a situação, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.