O custo da alimentação pesou no bolso do consumidor em 2024, segundo pesquisas do Dieese-PA. Em dezembro daquele ano, a cesta básica de alimentos custou cerca de R$665,83, um reajuste médio de 0,42% em relação ao mês de novembro.
Ainda de acordo com o estudo realizado pelo Dieese Pará, os maiores reajustes foram no preço de alimentos como óleo (12,24%), carne bovina (3,89%), café (3,78%), arroz (1,10%), banana (1,09%), açucar (0,71%) e manteiga (0,09%). O departamento ainda aponta que, de janeiro a dezembro de 2024, o custo total da cesta básica de alimentos acumulou alta de 3,16%, e a maioria dos produtos tiveram reajustes superiores à inflação estimada em torno de 4,50% para o mesmo período.
No balanço nacional da cesta básica de alimentos, das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, São Paulo foi a que apresentou o maior valor com o custo total de R$841,29; já o menor valor apurado foi registrado em Aracaju com o custo de R$554,08. A capital paraense figurou na 12ª posição.
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PESQUISE!
Para driblar os preços e não deixar faltar na mesa, alguns consumidores não abrem mão da boa e velha pesquisa, assim como a troca de marca. A fiscal de caixa Cíntia de Oliveira, 41 anos, destaca que o café tem sido o maior vilão na hora das compras, já que a família não abre mão de um bom café da manhã.
“Mesmo em alta, a gente não deixa de consumir, o que tenho feito é trocar de marca, mas o café não pode faltar, consumimos muito. Eu também pesquiso bastante, tem alimento que num supermercado está barato e no outro não, mas no outro tem outro produto mais em conta, vou fazendo assim”, disse.
Mauro de Oliveira, de 55 anos, concorda que o café, a carne e o leite estão pesando no orçamento familiar. “Eu sou do Paraná, e em Belém a alimentação custa o dobro do que é no Paraná. O hortifruti também é muito caro. O que eu faço é pesquisar e aproveitar os dias de promoções, tem que dar um jeito na agenda para aproveitar”, comentou.
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Para a dona de casa Délia Farias, 58 anos, o que chama atenção é o preço da carne bovina. “A carne vermelha está um absurdo, a cada semana que vamos no supermercado é um preço diferente, toda semana aumenta alguma coisa. O jeito é a gente pesquisar, né?”, afirma.