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quinta-feira, janeiro 9, 2025
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Café vira vilão da cesta básica em Belém

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Diversos alimentos da cesta básica em Belém registraram alta bem acima da inflação durante o ano de 2024, conforme aponta o último levantamento de preços divulgado pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O maior vilão foi o café, que chegou a 40% de aumento entre janeiro e dezembro do ano passado. Em segundo lugar, ficou o óleo, com alta de quase 39%.

A alta no preço do café assusta quando comparada com a inflação geral do Brasil, que foi de 4,7% em 2024, de acordo com o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE. “Não é surpresa, porque a pesquisa continuou mostrando a tendência de alta no segundo semestre.

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Os dados de dezembro só reforçam o quanto o custo da alimentação básica subiu de preço. E quando a gente vê os acumulados de preços de maneira individualizada, embora a cesta básica no custo médio dela tenha apresentado uma alta em torno de 3,5%, mais da metade dos produtos ficou mais cara”, afirma Éverson Costa, supervisor técnico do Dieese no Pará. Ao todo, 12 itens essenciais compõem a cesta do Dieese.

Carne

A corretora de imóveis Hylene Santos, 54 anos, avalia que o produto que mais impactou, no caso dela, foi a carne vermelha. “A carne vermelha teve um aumento bem significativo, e eu acho que isso aí está pesando muito. Teve uma queda no preço do tomate, da cebola, o alho também está mais em conta. Mas, assim, a proteína mesmo está bem absurda”, conta a corretora.

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“2024 foi um ano marcado por fortes aumentos, impactados principalmente pelos eventos climáticos, que interferiram não só na plantação e na colheita, mas também no custo e na distribuição desses produtos”, explica o supervisor do Dieese. A pesquisa, conforme a consumidora percebeu, aponta uma queda expressiva no preço do tomate, com redução de -23% entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024. Açúcar (-10,55%) e feijão (-8,68%) completam a lista dos únicos produtos que tiveram deflação.

O estudante João Pedro Vieira, 23 anos, acredita que pesquisar por preços não faz diferença para reduzir os custos com a cesta. “O cara fica pesquisando, pesquisando, pesquisando… Aí, conclusão: o que tu vais gastar de gasolina pesquisando, tu já vens logo no lugar, né? Um lugar mais certo, mais próximo. E aqui é bem sortido”. Ele também elegeu a carne como o produto com maior impacto no orçamento da cesta da família dele.

Apesar da imagem de vilã, a carne registrou alta de 11,28% no ano passado, sendo que 3,89% ocorreram entre novembro e dezembro. Arroz (19,09%), leite (16,19%), dúzia de bananas (11,62%), manteiga (8,41%), farinha (4,14%) e pão (1,02%) completam a lista dos produtos que tiveram alta em 12 meses.

Tendência

Na avaliação de Éverson Costa, a tendência de aumento na cesta do paraense deve continuar devido ao inverno amazônico, que encarece o frete dos produtos por conta de eventuais problemas nas estradas. O custo médio da cesta básica em Belém, em dezembro de 2024, foi de R$ 665,83. Em dezembro de 2023, o valor era de R$ 645,44.



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