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quarta-feira, junho 11, 2025
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Brasileiros estão mais endividados. Como sair dessa situação?

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Os brasileiros estão em uma crescente de endividamento. É o que diz o levantamento do Mapa da Inadimplência do Serasa, realizado mensalmente. O uso indiscriminado do cartão de crédito e a falta de educação financeira são os principais fatores que estão levando o indivíduo à inadimplência.

Com altas taxas de juros, esse artifício é o principal vilão da organização financeira, responsável por comprometer não apenas o bolso do consumidor, mas a saúde emocional, a qualidade de vida e as oportunidades futuras.

Em janeiro deste ano, a pesquisa apontava que mais de 74 milhões de brasileiros estavam endividados, subindo para 75 milhões em fevereiro, um aumento de 0,54%. Em março, esse número passou para 75,7 milhões, 1,02% de diferença em relação ao mês anterior. Abril marcou 76,6 milhões de brasileiros inadimplentes, um aumento de 1,15% em comparação a março.

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De acordo com o economista Nélio Bordalo, que atua na área de educação financeira, as principais causas do endividamento estão relacionadas às despesas inesperadas no orçamento individual ou familiar, como problemas de saúde, conserto no veículo próprio e viagens repentinas. Com um gasto imprevisto, o cartão de crédito entra em jogo e, ao ser usado excessivamente, se torna um dos grandes vilões que levam ao endividamento aliado ao atraso do pagamento de contas essenciais.

“A principal causa é o uso excessivo do cartão de crédito. Percebemos que tem um abuso do uso do crédito rotativo e parcelamento, que, normalmente, são os grandes vilões junto com o cheque especial. Isso porque são utilizados como complemento de renda e quando chega a fatura a pessoa não consegue pagar. Outra causa é o atraso de pagamento de contas essenciais, como energia, água, que resulta em outras dívidas com juros e multas, e isso também prejudica o orçamento da pessoa”, aponta Bordalo.

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Para o consultor financeiro, a trajetória de aumento da inadimplência entre os brasileiros é bastante preocupante. Isso porque a crescente “compromete o consumo das famílias, principalmente as de baixa renda, reduzindo a demanda por bens e serviços. As famílias estão comprando somente o essencial, e isso pode levar a uma desaceleração econômica no Brasil. Reduzindo o poder de compra, as pessoas não conseguem comprar bens com durabilidade maior, isso prejudica o Comércio e a Indústria. A elevação nos índices de inadimplência também pode dificultar a oferta de crédito para essas famílias em casos de empréstimo e financiamento”.

ORIENTAÇÕES

  •  Além de dificultar a oferta de crédito, estar endividado pode comprometer ainda mais a saúde financeira e emocional, já que os juros altos e muitas parcelas consomem grande parte da renda mensal.
  •  Para sanar as dívidas é preciso seguir algumas orientações, sendo a primeira delas a organização financeira, responsável por possibilitar um panorama sobre o quanto recebe, o quanto gasta e com o que gasta.
  •  Criar um um orçamento mensal, detalhando as despesas, separando o que é fixo do que é variável. “O fixo é aquilo que não tem erro, como o aluguel, o financiamento da moto. Já as despesas variáveis são aquelas que exigem maior controle, como o supermercado, conta de energia ou água”, detalha Nélio Bordalo.
  •  Em segundo lugar, é necessário “listar todas as dívidas, incluindo valores, prazos e taxas de juros e identificar quais são as que impactam mais em casos de juros. No caso do cartão de crédito, os juros são bastante altos. Então, é deixar de pagar outras contas não essenciais para priorizar as que têm juros bastantes elevados. No geral, as famílias nem sabem quanto estão devendo, vai comprando coisas e não faz uma

anotação para saber se tem condição de ter mais aquele compromisso que está assumindo. Isso é a falta de controle dos gastos”, diz o educador financeiro.

  •  “A questão do lazer, se a pessoa sai todo final de semana e está endividado, é preciso que ele tenha noção de que precisa reduzir essa frequência para ter uma reserva de dinheiro para pagar a dívida”, complementa Bordalo.
  •  Uma orientação importante é tentar negociar com os credores, através de contato com bancos, financeiras e lojas para que faça um acordo que seja possível de pagar. Outra dica é evitar contrair novas dívidas, principalmente durante o processo de pagamento das pendências e reorganização financeira.
  •  “Uma outra indicação que é válida também é procurar outra fonte de renda. Se aquele salário que a pessoa tem não conseguir pagar as contas, ela precisa achar outra fonte de renda. O brasileiro é naturalmente empreendedor e esse pode ser um caminho. Outra coisa é buscar educação financeira através de sites, livros, e ter a consciência de que a regra número um é não gastar mais do que ganha”, finalizou o especialista.

PESQUISA

 Pessoas com idades entre 41 a 60 anos representam a maior parte da população endividada (35,1%). Em seguida estão

as faixas etárias de 26 a 40 anos (34%), acima de 60 anos (18,9%) e jovens entre 18 e 25 anos (11,7%).

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