Bebês e crianças demandam atenção redobrada em relação à dengue. Com sintomas de três a 14 dias após a picada do mosquito Aedes aegypti contaminado, a doença traz complicações principalmente ao público de até 5 anos de idade. Isso se deve a vulnerabilidade da resposta imunológica dos pequenos, que estão mais propícios a desenvolverem o quadro grave da doença.
Os sintomas da dengue no público infantil são bem similares aos dos adultos: febre, dor de cabeça, dores no corpo, fraqueza e manchas avermelhadas na pele. Segundo o Ministério da Saúde, as crianças estão inseridas no grupo de risco da doença, já que a identificação dos sintomas da dengue é mais difícil pela falta de entendimento para explicar o que sentem.
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“As crianças até 13 anos são do grupo de risco porque não conseguem explicar os sintomas, principalmente os menores que ainda não falam. Nesse caso, é preciso observar se a criança está com febre, se está tendo vômitos, se está se alimentando e se hidratando bem. São sinais que indicam a gravidade da doença. Se ela não estiver aceitando nada via oral tem que levar no hospital”, aconselha Andréa Beltrão, médica infectologista.
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Os sintomas mais críticos costumam surgir nos três primeiros dias da manifestação da doença. Se os sintomas persistirem de forma intensa ao quinto dia pode ser um indicativo de que a doença desenvolveu para um quadro mais grave. Por isso, é importante se atentar aos sinais e optar pelo tratamento inicial da doença.
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“A dengue só agrava quando a fase inicial não é bem tratada. A partir do quinto dia a doença pode agravar e ocorrer o extravasamento do plasma do corpo, a criança incha e a pressão cai bastante. Pode ter líquido nos pulmões, na barriga. Se não tratar, pode evoluir para a forma de sangramento. Se chegar a esse ponto é muito difícil evoluir para cura”, alerta Andréa Beltrão.
Evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti é uma das principais formas de prevenção contra a dengue. Por isso, é preciso eliminar o acúmulo de água parada em vasos de planta, pneus, garrafas, calhas, caixas d’água destampadas e em qualquer outro lugar que pode se tornar criadouro do mosquito vetor. Associado a isso, o uso de repelente, telas protetoras e mosquiteiros também auxiliam na prevenção.
vacinA
O Brasil é o primeiro país a disponibilizar vacinas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas de 4 a 59 anos. Devido à capacidade limitada de produção, atualmente a vacina está sendo administrada em algumas cidades e em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária com o maior índice de hospitalização da doença.