Quando a fase não é boa, tudo dá errado, até mesmo quando parece que vai dar certo: foi o que viveu o Paysandu na noite da última quarta-feira (14), no Estádio Independência, em Belo Horizonte.
Pela sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o Papão chegou a abrir 2 a 0 no segundo tempo diante do América-MG e ia conquistando a primeira vitória na competição.
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No entanto, em apenas três minutos, após os 40 minutos da etapa final, o empate veio com um gosto muito amargo para os bicolores. O técnico Luizinho Lopes comentou sobre a partida.
“Sensação ruim porque estávamos fazendo um bom jogo. Com 2 a 0, era para estarmos mais organizados ainda sem a bola. Mais compactados, como foi praticamente em 70% do jogo. Infelizmente, os gols foram de bola parada. Em alguns momentos poderíamos ter melhor o controle do jogo, como estávamos tendo. Não faltou concentração enquanto estava 2 a 0. Gol de bola parada tem a virtude do adversário, principalmente a cobrança de falta frontal”, destacou.
Muitas vezes, o Paysandu acaba jogando, até certo ponto, bem. No entanto, falta equilíbrio para conquistar os resultados. Luizinho sabe disso e mantém a convicção na melhora do Lobo.
“Vencemos o clássico apesar de não termos levado o título. A torcida reconheceu a garra, a entrega da equipe. Agora, tivemos um grande jogo fora de casa contra um grande adversário. Fizemos dois gols. Não podemos nos apegar só ao que não deu certo. Obviamente, estamos muito contrariados de deixar escapar uma vitória que estava nas nossas mãos. Temos que encontrar o equilíbrio agora. Vamos voltar para casa, nos preparar para jogar contra o líder do campeonato e conseguir uma grande vitória”, ressaltou.
O “elenco enxuto”, tanto falado pelo ex-executivo bicolor Felipe Albuquerque, agora está pagando um preço alto. Com uma sequência forte de jogos e viagens, o Paysandu sofre fisicamente.
Luizinho Lopes falou sobre essa questão. Mas agora é colocar os pingos nos is e encarar o líder Goiás no próximo domingo (18), no Mangueirão, às 18h30, em busca da primeira vitória na competição.
“Tínhamos muitos jogadores no limite físico. O Quintana se machucou. Rossi, no limite, Vilela e Benitez também. Nas trocas ficamos mais baixos, mas ainda estruturados. Quem veio aqui (em Belo Horizonte), entregou o melhor. Fizemos 70% de um bom jogo. É muito difícil vir aqui contra o América e fazer dois gols. Eles são muito fortes dentro de casa. Os que ficaram em Belém são consequências da rotina de jogos que temos. Hoje, machucamos mais um. Jogamos domingo, viajamos ontem a tarde toda. Chegamos às 21h, menos de 24h antes do jogo. Ainda estamos com os resquícios do desgaste da quantidade de jogos com apenas dois, três dias de um para o outro”, finalizou.