Futebol e paixão caminham lado a lado, e em Belém a rivalidade entre Flamengo e Botafogo ganha um capítulo especial com a Supercopa Rei do Brasil. No próximo domingo (2), às 16h, o Mangueirão será palco do confronto entre os campeões nacionais de 2024, e a expectativa dos torcedores paraenses dos dois clubes já toma conta da cidade. Entre histórias de devoção e momentos inesquecíveis, botafoguenses e rubro-negros se preparam para um dia de festa no estádio.
Para a assessora jurídica Alexia Monteiro Cecim, de 24 anos, a partida tem um significado especial. Botafoguense em meio a uma família de flamenguistas, a paraense encara o duelo como um evento aguardado há tempos pela torcida do Glorioso na região. “Minhas expectativas são de que seja uma linda festa. Há um tempo nossa torcida deseja um jogo importante como esse aqui em Belém e, depois do ano mágico de 2024, nada melhor do que começar o ano de 2025 com a possibilidade de mais um título e em cima de um rival, o que deixa o clima melhor ainda”, afirmou.
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O amor de Alexia pelo Botafogo começou cedo, aos seis anos, quando decidiu contrariar a tradição familiar e escolheu torcer pelo time alvinegro ao se encantar com o escudo da Estrela Solitária jogando futebol de botão. A paixão foi crescendo e culminou na presença da torcedora na histórica final da Libertadores de 2024 contra o Atlético-MG, em Buenos Aires. Para marcar a conquista do título inédito, ela eternizou o momento com uma tatuagem na panturrilha. “Fiz em dezembro, após o título da Libertadores. Já tinha outras tatuagens, mas essa é especial”, contou.
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No domingo, Alexia estará no Mangueirão para apoiar o Botafogo diretamente da arquibancada. “Vou para o Mangueirão, com uma amiga e meu irmão. Ele não torce pra nenhum dos dois, mas ela é botafoguense também. Além disso, espero encontrar uns conhecidos que vêm do Rio”, revelou.
PAIXÃO RUBRO-NEGRA DE PAI PARA FILHO
Se os botafoguenses prometem fazer barulho, os flamenguistas paraenses não ficam atrás. O representante comercial Diego Junqueira Ferrador, de 42 anos, carrega no sangue a paixão pelo Flamengo. Natural do Rio de Janeiro, mas morador de Belém desde os 13 anos, ele tem no clube um elo familiar que atravessa gerações. Em 2019, esteve ao lado do pai na final da Libertadores em Lima, vibrando com os gols de Gabigol na virada histórica sobre o River Plate. Agora, se prepara para viver mais um momento marcante na capital paraense.
“Nós vamos para o Mangueirão, eu, meu filho, meu pai, meu irmão e meu afilhado, e vamos ficar no setor de cadeiras do lado da torcida do Flamengo, obviamente. Alugamos uma van com um grupo de 25 amigos rubro-negros para irmos ao jogo. A nossa ideia é sairmos ao meio-dia em direção ao estádio”, explicou Diego, que se orgulha de ter passado o amor pelo clube para o filho Dieguinho, de 11 anos. “Inclusive já levei meu filho para assistir jogos do Flamengo no Maracanã e ele sempre se emociona. Graças a Deus, consegui passar essa paixão para ele”.
Para Diego, a Supercopa representa uma grande oportunidade para o Flamengo iniciar 2025 com o pé direito. “A expectativa, com certeza, é a melhor possível. Poder rever os jogadores do Mengão, inclusive aqueles que estão voltando de lesão. Ainda mais por ser um jogo importante. Começar o ano, se Deus quiser com um título, é muito importante também, tanto financeiramente, porque esse título tem uma importância muito grande para o Flamengo em termos de aporte financeiro, quanto para começar o ano com o pé direito e depois partir em busca de mais conquistas”.
Com torcidas apaixonadas e um duelo de alto nível à vista, Belém se prepara para viver um domingo de emoção e festa no Mangueirão.
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