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quarta-feira, maio 14, 2025
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Planejamento é indispensável para manter as contas em dia

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Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (42,01%) estavam negativados em março de 2025, o que representa 69,66 milhões de consumidores. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o percentual de inadimplentes no país cresceu 3,89%. O número faz um alerta para o índice de endividamento dos brasileiros e a necessidade de planejar os gastos da família.

“Muitas famílias antecipam sonhos sem antes olhar para o financeiro. O cartão de crédito, por exemplo, acaba sendo uma extensão da renda da família, o que não é”, explica a economista e educadora financeira Lais Lima. Se não for devidamente planejada, a modalidade de pagamento parcelado pode causar um sério desequilíbrio nas contas. “Eu recomendo o uso do cartão para questões de urgência ou compras que não são recorrentes, como móveis e eletrodomésticos que têm um valor alto e que podem comprometer o orçamento se comprados à vista”.


O uso indiscriminado de aplicativos de alimentação e de transporte também podem pesar no bolso do consumidor. “Se a pessoa gosta de pedir pelo Ifood todo final de semana, é importante que o orçamento mensal seja contado com esses gastos. O mesmo vale para os aplicativos de mobilidade”, esclarece. Do mesmo modo, a contratação de empréstimos bancários merece um cuidado redobrado devido às taxas de juros e ao número de parcelas para quitar a dívida.

Em 2021, entrou em vigor a Lei do Superendividamento, que alterou o Código de Defesa do Consumidor para ampliar a proteção contra o endividamento. Nos termos da lei, bancos, financiadoras e empresas que vendem a prazo devem informar ao consumidor o custo efetivo total, a taxa mensal efetiva de juros e os encargos por atraso, o total de prestações e o direito de antecipar o pagamento da dívida ou parcelamento sem novos encargos.

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A CNDL chama atenção para as apostas e os jogos on-line, que podem se transformar em uma armadilha financeira se não utilizados com cautela. De acordo com a Confederação, os consumidores brasileiros movimentam cerca de R$ 6 bilhões por mês com os palpites e competições virtuais. Esses gastos já impactam no orçamento dos apostadores, uma vez que 15% deixam ou já deixaram de pagar alguma conta para usar o dinheiro em apostas esportivas, de acordo com a entidade dos lojistas.

O primeiro passo para não perder o controle das contas é fazer o orçamento familiar, a ferramenta de planejamento que detalha a renda total da família e todas as despesas ao longo de um determinado período, geralmente mensal.

“Vou dar outro exemplo: planejei R$ 2.000 para gastar com o supermercado, alimentação e as compras da casa. Ao longo do mês tenho que acompanhar se realmente estou gastando essa quantia”, explica a educadora financeira. A partir do orçamento, é importante anotar o que se gasta para acompanhar se o planejamento está de acordo com a realidade do consumidor.

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RESERVA DE EMERGÊNCIA

Guardar uma quantia para emergência é outra orientação para a segurança financeira das famílias. O SPC orienta que esse fundo deve cobrir entre três a seis meses de despesas, protegendo contra imprevistos como desemprego, doenças ou reparos domésticos urgentes.

“As pessoas têm uma crença de que a vida sempre está em emergência, mas com um pouco de planejamento a gente consegue organizar as contas e fazer a reserva de emergência”, finalizou Lais Lima.

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