Grande surpresa do último Re-Pa, cavando um pênalti convertido por Rossi e ainda marcando o seu primeiro gol com a camisa do Paysandu (isso tudo depois de deixar o banco de reservas) o atacante Jorge Benítez, de 32 anos, parece não ter se abatido com a derrota do time no primeiro Re-Pa da final do Parazão. O paraguaio, nascido na cidade de Ñemby, confia na volta por cima do Papão nos 90 minutos restantes da grande final do Parazão, conforme deixou claro, em entrevista na Curuzu.
“No domingo, vamos entrar confiantes para trazer esse troféu para cá”, anunciou o atacante, que marcou, antes do Re-Pa, apenas um gol. Foi na fase semifinal do Estadual, na vitória por 3 a 1 do Papão sobre o Águia de Marabá. A confiança de Benítez se vincula à apresentação feita pela equipe alviceleste no clássico passado. “Nossa equipe foi muito bem, entramos, fizemos o nosso jogo com o total apoio da torcida”, declarou, avaliando como positivo o poder de criação do time, sem afirmar o mesmo quanto à conclusão das jogadas de ataque.
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“A nossa obrigação é fazer gol. Estamos conseguindo criar muito, mas estamos custando para finalizar”, apontou. Um problema que o elenco bicolor, de acordo com o atacante, tentou corrigir no pequeno tempo que teve para trabalhar de um clássico para o outro – praticamente apenas dois dias, quando muito, levando em conta que no dia posterior ao primeiro Re-Pa, os atletas que atuaram tiveram apenas atividade regenerativa. “Trabalhamos para melhorar isso”, assegurou o atacante.
SERÁ?
Por outro lado, o atacante argentino Borasi, a quem Benítez substituiu, de repente pode aparecer de maneira surpreendente na lista dos jogadores relacionados para a decisão deste domingo. O jogador deixou a partida passada ainda no primeiro tempo em razão de uma contusão na coxa esquerda, passando apenas a assistir do banco de reservas ao desenrolar do jogo. A partir do dia seguinte, o atleta, que já havia recebido cuidados médicos iniciais no Mangueirão, entrou em uma fase de tratamento intensivo visando a sua completa reabilitação. O resultado do procedimento médico, no entanto, só será conhecido na hora da decisão.
A indefinição sobre a recuperação do atacante é mais uma dificuldade no rol de problemas colecionados pelo técnico Luizinho Lopes para os jogos mais recentes do time na temporada. Embora não tenha feito uma atuação primorosa no clássico passado, em comparação com outros jogos nos quais atuou, Borasi é apontado como peça importante para o setor ofensivo do Papão, levando em conta dois aspectos: a velocidade, sempre primordial nos contra-ataques, e a boa presença de área.
Caso o treinador não possa mesmo contar com Borasi, o mais cotado, aparentemente, para substituí-lo é Benítez.
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Render-se jamais!
“Vamos entregar o que a gente tiver e o que a gente não tiver.” A promessa é do lateral-direito Edilson e, claro, se refere ao jogo decisivo deste domingo, contra o Remo. Em situação adversa, precisando vencer por diferença de dois gols para ser campeão direto ou um para levar a decisão para os pênaltis, o Paysandu, segundo o defensor, não se intimidará em campo, do início ao fim do Re-Pa, e promete o máximo empenho em busca do título do Estadual. “Enquanto o juiz não apitar (o final do clássico) não vamos desistir”, avisa o lateral.
Edilson recorda que, desde que chegou à Curuzu, viu o Papão superar momentos difíceis, como o que apresenta agora, estando há dez jogos sem vencer e enfrentando uma decisão em desvantagem. “A nossa equipe já provou nos últimos anos em momentos adversos que pode dar a volta por cima”, disse. “Em 2023 foi assim, conquistando o acesso (à Série B), quando a gente tinha 1% de possibilidade de classificação entre os quatro (clubes classificados). Este ano também foi assim no último lance contra o Goiás-GO no Serra Dourada cheio”, salientou.
Um dos jogadores com forte participação no Re-Pa passado, o jogador revelou que ficou surpreso ao ver os seus números em campo. “Num jogo como aquele, um jogo de final, não dá para ir meia-boca. Tem de dar o seu melhor. Foi isso que procurei fazer naquele jogo”, contou. “Percorri uma distância de dez quilômetros. Fiz mil e cinquenta em alta intensidade. Foram números altos e que até me surpreenderam, pois não percebi que havia corrido tanto assim”, disse o lateral.
O lateral refutou a culpa no gol que deu a vitória ao Leão no primeiro jogo da decisão, ocorrido em cobrança de falta executada por Sávio, que ele não saltou para tentar evitar que a bola fosse parar na rede. “Realmente não pulei, mas o Sávio bateu bem na bola. Ele teve mérito também. Não vejo culpa no lance”, repetindo o que tem sido um mantra entre os jogadores do Paysandu quando a disputa do título do Estadual: “Creio que está tudo em aberto e confio que no domingo a gente vá sair com o título”, garantiu.