A vitória contra o Botafogo-SP, a primeira do Paysandu na Série B do Campeonato Brasileiro, não só tirou o time da lanterna como também trouxe um novo clima ao elenco bicolor.
Em meio à pressão e aos resultados negativos, o volante Leandro Vilela descreveu o peso emocional que a sequência sem triunfos vinha causando no grupo e celebrou o gol salvador no apagar das luzes.
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“Foi um momento da partida em que os ânimos já estavam nervosos, o clima no estádio não era dos melhores, a torcida pressionava bastante. A ansiedade pela primeira vitória também pesava, isso mexe com a gente. Mas deu tudo certo. Acho que já poderíamos ter aberto o placar antes. Eu mesmo tive uma chance no primeiro tempo e desperdicei uma cabeçada dentro da área. Mas o gol saiu aos 45 minutos, e foi um grande alívio. Demorou para acontecer, mas veio. Agora muda o astral, o ambiente, até o sentimento de alívio. Não é fácil entrar em campo com essa carga negativa de jogos sem vencer. Mas conseguimos retomar a confiança e agora é trabalhar bem na semana para fazer um grande jogo no sábado”, destacou.
Apesar do momento ainda delicado na tabela, Vilela se diz comprometido com o projeto do Paysandu. O jogador revelou que recebeu propostas em duas janelas diferentes, com ofertas mais vantajosas, mas optou por continuar defendendo o clube bicolor. Ele revelou que pode, inclusive, estender o vínculo.
“Normal que um atleta, quando está bem na temporada, receba sondagens e propostas de outras equipes. Comigo não foi diferente, tanto na primeira quanto na primeira janela (de transferência) recebi propostas, financeiramente até melhores do que estava recebendo aqui no Paysandu. Mas quero deixar claro que o Paysandu fez um esforço muito grande para que eu permanecesse. A gente conseguiu alinhar algumas brechas, vamos dizer assim, que tinham para serem alinhadas internamente. Foi uma conversa muito positiva que tive com a diretoria. Até se falou em mais um ano de contrato e eu prontamente já aceitei. Isso agora está nas mãos deles. Se eu tiver que ficar mais um ano aqui, vou ficar muito feliz e satisfeito, como estou”, contou.
Agora, o foco total é no Remo. O volante reconhece o peso do clássico e a importância da torcida como diferencial. Segundo ele, o grupo está ciente da responsabilidade e concentrado para conquistar mais três pontos diante do maior rival.
“A torcida tem um papel fundamental. Sempre deixa sua marca, principalmente no Re-Pa, com uma festa muito bonita. É um jogo que exige muita concentração, é decidido nos detalhes. Não importa o momento de cada equipe, o clássico se equilibra pelo peso das camisas. E o Paysandu é um clube muito forte, com uma torcida gigante. Vamos muito preparados. Tenho certeza de que vai ser uma grande festa e esperamos sair com a vitória, que é muito importante para gente neste momento da competição”, concluiu.