Clássicos são feitos de rivalidade, tensão e reviravoltas, e o Re-Pa não foge à regra. Quando Remo e Paysandu entram em campo, a história se escreve a cada lance, com emoções que ultrapassam os 90 minutos. Em mais um capítulo dessa disputa centenária, o jogo parecia caminhar para uma vitória azulina, mas o futebol, sempre imprevisível, reservou um desfecho que fez a torcida bicolor explodir nos acréscimos.
Adailton, de pênalti, abriu o placar para o Remo, mas praticamente no último minuto coube a Giovanni deixar tudo igual no Mangueirão, após desvio na zaga azulina. Com o resultado, o Leão Azul manteve a liderança isolada do Parazão 2025, enquanto o Papão manteve o “tabuzinho” no clássico – agora com uma invencibilidade de 9 jogos. De quebra, recuperou a vice-liderança que estava com o Bragantino.
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PRIMEIRO TEMPO FRACO
No primeiro tempo do Re-Pa 776, o que se viu foi um jogo travado, com muitas faltas, empurra-empurra e poucos momentos de emoção. O Remo apresentou dificuldades em criar jogadas ofensivas e apostou em investidas individuais de Kadu, sem sucesso. Já o Paysandu tentou explorar o lado esquerdo do adversário, especialmente em cima do estreante Alan Rodríguez, que teve uma atuação discreta e ainda desperdiçou uma grande oportunidade ao errar um voleio. Rossi e Nicolas também não conseguiram converter as poucas chances criadas pelo time bicolor.
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FALTAS E CARTÕES AMARELOS
As faltas foram uma constante na primeira etapa, com o árbitro distribuindo cartões amarelos. Nicolas e o goleiro Marcelo Rangel protagonizaram um empurra-empurra que rendeu advertências para ambos. Além disso, Pavani recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalcará o Remo no próximo jogo contra o Cametá. O mesmo ocorreu com Leandro Vilela, que desfalcará o Papão na próxima rodada.
O Paysandu tentou impor mais agressividade, principalmente pelas laterais, mas esbarrou na defesa azulina. Rossi teve uma boa oportunidade em chute cruzado, mas Marcelo Rangel defendeu com tranquilidade. Pelo lado do Remo, Kadu arriscou de fora da área, mas Matheus Nogueira fez a defesa sem dificuldades.
Além das faltas e cartões, o jogo foi paralisado em alguns momentos. Bryan Borges sentiu dores no tornozelo direito, mas o árbitro não autorizou o atendimento médico. Já em outro lance, a bola bateu no árbitro, forçando a interrupção da partida. Com três minutos de acréscimos, o primeiro tempo terminou sem grandes emoções e com as equipes devendo um futebol mais criativo para a etapa final.
SEGUNDO TEMPO
No segundo tempo, o Remo encontrou seu melhor momento na partida após mudanças estratégicas, mas o Paysandu se manteve resiliente até o último lance, arrancando um empate que fez explodir a torcida alviceleste no Mangueirão. A equipe azulina ganhou novo fôlego com a entrada de Adailton, que deu maior mobilidade ao ataque e abriu o placar ao cobrar um pênalti com categoria, deslocando o goleiro Matheus Nogueira aos 33 minutos. O Leão parecia caminhar para uma vitória segura, mas o Papão não desistiu.
Quando o jogo já se encaminhava para o fim, Giovanni arriscou de fora da área aos 50 minutos, e a bola desviou na defesa remista antes de enganar o goleiro Marcelo Rangel. O gol decretou o empate heroico do Paysandu, deixando a torcida bicolor em festa e frustrando os azulinos que já contavam com a vitória.
O resultado mantém a disputa entre os rivais acirrada, reforçando o equilíbrio do clássico paraense.
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