Fim da temporada sempre traz reflexão aos clubes. O que deu certo, quais foram os principais erros, se os objetivos foram alcançados e o que pode ser feito para que o próximo ano seja melhor esportivamente.
No caso do Paysandu, o clube teve um 2024 positivo, pois conquistou o 50º Campeonato Paraense da história, o tetra da Copa Verde e garantiu a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro.
Conteúdo Relacionado:
- Visando final, local da pré-temporada do Paysandu é definido
- Remo e Paysandu participam de ação contra o câncer infantil
- Veja os bastidores do último jogo do Paysandu no ano de 2024
- Para reforçar o CRB, Hélio dos Anjos quer tirar Borasí do Paysandu
Quanto aos jogadores, alguns deram certo e corresponderam às expectativas, enquanto outros apenas decepcionaram. Por isso, a diretoria agora busca trabalhar com cautela nas contratações, principalmente os estrangeiros.
Na atual temporada, o Papão bateu o recorde de “gringos” no elenco. Ao todo, foram seis contratados: Borasi, Cazares, Esli, González, Joel e Quintana. Destes, podemos considerar que 50% corresponderam.
“Já vamos iniciar a temporada com dois sul-americanos, que são Borasi e Quintana, e vamos procurar controlar bem, pois existe uma limitação de nove atletas estrangeiros. Então, é algo que temos que tomar cuidado. Se não me falhe a memória, o Paysandu chegou a ter seis estrangeiros ao mesmo tempo. Então, é algo que temos que controlar, sempre procurando ser o mais assertivo possível. Esta temporada deve ter sido a temporada em que o clube mais teve estrangeiros na história, com acertos e erros. Então, independente da nacionalidade, tem o risco no processo de contratação”, disse Felipe Albuquerque, executivo bicolor.
“O mercado sul-americano surge por dois fatores: primeiro, pela nossa moeda ser mais valorizada que a deles (outros países) e segundo, pelo nosso campeonato estar mais valorizado e muito mais bem estruturado do que já foi no passado. Hoje, a Série A tem uma visibilidade excelente. A Série B é totalmente transmitida em quatro a cinco canais, com bons campos, e isso tornou a competição atrativa. Certamente, vamos ao mercado sul-americano”, ressaltou.
O fim da temporada sempre traz também a “loucura” do mercado. A corrida contra o tempo para buscar os reforços que, muitas vezes, estão valorizados, o que torna a competição ainda maior.
“O atleta tem um nível competitivo. Tem aquele de Série A, de Série B, de Série C… Eu tenho usado uma analogia quando explico, que é mais ou menos, uma prateleira de mercado. Quando vamos conversar com o atleta de Série B, automaticamente estamos concorrendo com os outros 19 clubes. Então, é um mercado muito competitivo. Estou sentindo na pele já. Estamos em um momento onde o mercado fica mais inflacionado, pois o atleta está recebendo muita ligação e se dá o direito de escolher. É a lei da oferta e procura”, comentou Albuquerque.
A permanência na Série B foi fundamental para o Paysandu, principalmente quando falamos sobre a questão financeira. Mesmo assim, dependendo dos adversários, a briga no mercado pode ser ainda pior na hora da contratação.
“A questão geográfica não é tão determinante (para contratar). É mais a questão orçamentária. Por exemplo, Ceará e Sport subiram, são dois clubes que estão com um patamar financeiro muito maior do que o nosso. São clubes mais pujantes financeiramente. Então, (contratação) vai depender disso. Se o Red Bull ou o Fluminense forem rebaixados, complica a Série B, como foi o caso do Santos, que oscilou, mas sempre ali no G-4. Então, a questão orçamentária é determinante. Quando os 20 clubes estiverem definidos, vamos conseguir entender qual Série B vamos jogar”, finalizou.