Even Oliveira / Diário do Pará – No antigo aeroporto Brigadeiro Protásio, Belém vê nascer um dos maiores legados estruturais e ambientais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) já concluídos: o Parque da Cidade. Conforme informações oficiais, com 88% das obras concluídas da Etapa COP 30, o espaço está sendo construído em uma área de 500 mil metros quadrados. A inauguração da primeira fase está prevista para o fim do primeiro semestre de 2025, pouco antes da conferência, que será realizada em novembro.
O Parque está sendo executado como parte de um pacote com mais de 30 obras em preparação para o evento internacional. O local está prestes a se tornar um novo marco da capital paraense – unindo lazer, cultura, sustentabilidade e tecnologia em um só lugar, que está ganhando mais de 2.500 árvores, serão integrados equipamentos como ciclotrilhas, ecotrilhas, áreas esportivas, lago, um museu da aviação, Centro de Economia Criativa, Centro Gastronômico, além de estruturas sustentáveis como placas fotovoltaicas, sistema de reaproveitamento de água, wetlands – áreas úmidas – e mobiliário urbano adaptado ao clima amazônico.
Durante visita técnica realizada pelo DIÁRIO nesta sexta-feira (13), foi possível verificar que a parte estrutural da área esportiva já está pronta – com quadras de vôlei, campo society, tênis e uma grande área coberta – enquanto os prédios que vão abrigar o Centro de Economia Criativa e o Centro Gastronômico ainda estão em fase de construção. No Centro de Economia Criativa, as fachadas estão sendo finalizadas, e as equipes seguem trabalhando no forro e no acabamento interno.
Do lado oposto, próximo ao antigo bosque, já foram concluídas as instalações do novo batalhão da Polícia Militar e o prédio do escritório administrativo. Outra parte do Parque também ganhou trilhas dentro da mata e uma nova praça em frente ao complexo. Um dos destaques ambientais é a área que abriga 176 seringueiras transplantadas, incluindo a árvore regada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita a Belém em fevereiro deste ano – Lula regou uma samaumeira de 40 anos. A revitalização do espaço já começa a atrair fauna silvestre para o entorno.
ZONAS
A partir de agosto, o parque será oficialmente entregue ao Governo Federal e à Organização das Nações Unidas (ONU) para para que sejam instaladas as estruturas modulares provisórias para a COP 30, Green Zone e Blue Zone. A Green Zone é onde funcionarão os espaços voltados a iniciativas sustentáveis e participação social; e a Blue Zone é a área restrita aos negociadores e representantes oficiais dos países.
A obra também foi planejada com foco no conforto térmico dos futuros visitantes, com ampliação de cobertura vegetal, pontos de hidratação, bancos com revestimento que não retém calor e espaços de sombra natural. A ideia é que, passada a COP 30, o parque seja devolvido à população como um espaço público moderno, integrando cultura, meio ambiente e cidadania em uma nova paisagem urbana para Belém.
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