O levantamento divulgado ontem, 11, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) mostra que os paraenses iniciaram este ano pagando mais caro pelo quilo do frango, com destaque para os que são comercializados nas principais redes de supermercados da capital paraense, seja o tipo resfriado ou congelado. A pesquisa mostra que os percentuais superam mais que o dobro da inflação calculada em torno de 5% para os últimos 12 meses.
No caso do frango resfriado, as pesquisas mostram que o quilo da marca Americano encerrou dezembro custando em média R$ 12,41 e, em janeiro, foi comercializado em média a R$ 13,13. A marca Avispará também teve reajuste. Em dezembro, o quilo médio podia ser encontrado a R$11,89. Entretanto, em janeiro deste ano o frango da marca saltou de valor para R$ 12,60.
Em relação aos preços do quilo do frango congelado e comercializado em supermercados de Belém, os dados mostram que em dezembro do ano passado o quilo da marca Americano custava, em média, R$ 9,91; já em janeiro o preço da ave subiu para R$ 10,25. A marca Avispará também apresentou alta na média de preço no frango congelado. Em dezembro o quilo custava R$ 10,68, e em janeiro foi comercializado por R$ 11,00.
“Isso implica dizer que com o aumento do preço de outras proteínas, como a carne bovina mais cara, o nosso peixe também caro, e agora o frango também se elevando de preço, é algo que aumenta a dificuldade de aquisição a essa proteína, sobretudo para o trabalhador de menor renda”, afirma o supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa
A expectativa é que os aumentos de preços ocorram até o primeiro trimestre e estão relacionados ao custo de produção, com insumos mais caros, principalmente aqueles vindos de fora do Brasil.
“A carne de frango no Brasil é um produto que é largamente importado por diversos países. Então, ainda que a produção cresça aqui, a gente está falando também de uma demanda externa gigantesca, o que influencia nos preços para o mercado nacional”.
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Os preços são sentidos no bolso de diferentes consumidores, como o da trabalhadora doméstica Lúcia Piquê, 47. Conforme a trabalhadora, o frango tem sido uma opção mais em conta quando comparado com os preços dos cortes bovinos. O problema, segundo Lúcia, é que o preço do frango também está subindo. “Eu faço pesquisa e já vou no lugar que acho mais em conta. Antes o frango era mais barato, mas agora está subindo de preço igual a carne vermelha”.
No carrinho de compras da dona de casa Patrícia Pereira, 38, tinham dois frangos congelados pesando cerca de três quilos, cada um custando cerca de 30 reais, o que para Patrícia representa um gasto alto na alimentação da família, pois quase todos os dias o frango é consumido na casa dela. Conforme a dona de casa, o frango não pode faltar na mesa, mesmo com o preço da ave subindo. “Ele é uma opção boa, mas estou percebendo que os preços não param de subir”.
Serviço
Preços médios com as variações em janeiro: frango resfriado (quilo)
- 1 – Frango resfriado Americano. Preço em dezembro (2024): R$ 12,41. Em janeiro (2025): R$ 13,13. Variação: 5,80%
- 2 – Frango resfriado Avispará. Preço em dezembro (2024): R$ 11,89. Em janeiro (2025): R$ 12,60. Variação: 5,97%
- Preços médios com as variações em janeiro: frango congelado (quilo)
- 1 – Frango congelado Americano. Preço em dezembro (2024): R$ 9,91. Em janeiro (2025): R$ 10,25. Variação: 3,43%
- 2 – Frango congelado Avispará. Preço em dezembro (2024): R$ 10,68. Em janeiro (2025): R$ 11,00. Variação: 3%
