Muitos podem não saber, mas o Cine Olympia, localizado em frente à praça da Sereia, na Campina, em Belém, é o cinema de rua mais antigo do Brasil ainda em atividade. Tamanha importância é refletida na obra de revitalização que o local recebe atualmente.
Na tarde desta terça-feira (26), uma reunião no Palácio Antônio Lemos revelou detalhes importantes sobre a restauração do histórico Cine Olympia. Estiveram presentes o prefeito Igor Normando, o presidente do Instituto Pedra, Luis Fernando de Almeida, e a arquiteta Ana Elizabeth Almeida, responsável técnica pelo projeto.
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Desafios da restauração
O projeto, que inicialmente contava com um investimento de R$ 8 milhões, teve seu orçamento ampliado para aproximadamente R$ 11 milhões devido a descobertas e adequações técnicas durante as obras. Aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o projeto começou em março de 2023, com previsão de conclusão para 2025.
A arquiteta Ana Elizabeth Almeida explicou os desafios encontrados: “Durante as prospecções iniciais, identificamos elementos arquitetônicos não previstos, como arcos originais. Além disso, foi necessário readequar o planejamento acústico e estrutural para garantir a funcionalidade moderna do espaço”.
O projeto completo conta também com novidades como
- Modernização tecnológica do sistema de projeção;
- Implementação de recursos de acessibilidade;
- Programas educativos e culturais;
- Visitas monitoradas;
- Plano de manutenção de longo prazo.
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Compromisso com a memória cultural
O prefeito Igor Normando ressaltou a importância histórica do projeto ao afirmar que o Olympia é um dos patrimônios centenários que contam a história de Belém.
“O Cine Olympia representa mais que um prédio. Nosso objetivo é não apenas restaurar, mas revitalizar um espaço cultural importante para a cidade”, disse o gestor.
Inaugurado em 24 de abril de 1912, o Cine Olympia nasceu durante o auge do ciclo da borracha, simbolizando o luxo e a modernidade da época. Localizado no coração de Belém, o cinema testemunhou décadas de transformações culturais e urbanas.
A restauração é resultado de uma parceria entre Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SEMCULT), Instituto Pedra e Instituto Vale.
