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sábado, novembro 23, 2024
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Museu das Amazônias segue com obras avançadas em Belém

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Neste dia 5 de setembro, o Brasil comemora o “Dia da Amazônia”, para as políticas do governo do Pará, todo dia é dia de celebrar a maior floresta tropical do mundo. Não por acaso a COP, a maior conferência climática do planeta, será realizada em Belém no ano de 2025.  O evento trará para o território paraense líderes de 190 nações para a reflexão sobre a necessidade de criar um acordo climático que ajude a preservar os ecossistemas mais ameaçados do planeta.

Para homenagear a região e os povos tradicionais que nela habitam, o governo do Pará está construindo o “Museu das Amazônias” dentro do Porto Futuro 2. O museu ocupa uma área de 3 mil metros quadrados no local onde existia o antigo galpão 4A da CDP, e terá uma área de exposições de 1.900 metros quadrados.

“A região Amazônica é gigante e extremamente diversa – a Amazônia paraense não é igual à Amazônia do Amapá, que é diferente da Amazônia da Colômbia, que por sua vez tem características distintas da Amazônia peruana. São culturas incríveis que, pela questão geográfica, é praticamente impossível para um viajante conhecer de uma vez só. O que nós queremos com este museu é criar um espaço plural, em que o visitante possa ter uma experiência imersiva de toda a região no mesmo lugar”, disse a vice-governadora e presidente do comitê estadual para a COP 30, Hana Ghassan.

Museu das Amazônias quer ser referência sobre os povos da floresta 

A previsão é que o Museu seja entregue em outubro de 2025, um mês antes da realização da COP 30, permitindo que visitantes de todo o mundo possam aprender sobre a floresta, a riqueza da biodiversidade e os desafios das urbanidades amazônicas e sua gente. “Esta obra vai ser entregue para a COP 30, e certamente será um dos legados mais notáveis do governo do Estado, tanto para a população de Belém quanto para os turistas que visitarem o Pará, já que eles terão a seu alcance uma amostra de tudo aquilo que temos de bom na nossa região”, explica a vice-governadora, Hana Ghassan.

O Museu das Amazônias será administrado pela Secult, e terá parcerias para garantir seu funcionamento: a execução do projeto do museu fica a cargo do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), e o Museu Paraense Emílio Goeldi. O Museu Emílio Goeldi é referência em estudos ligados à arqueologia, etnografia, biodiversidade e cultura da Amazônia, e vai atuar na coordenação da pesquisa e das contribuições para o desenho da narrativa apresentada para o Museu.

“A implementação do Museu será desenvolvida com a cooperação de vários parceiros institucionais, num ambiente de governança sob a coordenação do governo do Pará, por meio da Secult, e execução do IDG, quem tem uma longa e bem sucedida experiência na criação de equipamentos museais pelo Brasil. Como a proposta imersiva do Museu prevê a integração de diversos campos simbólicos do território amazônico como memória e saberes de povos originários e tradicionais, o Museu Goeldi terá um papel fundamental no processo de escuta social e articulação com os centros de pesquisa da Pan-amazônia”, disse a secretária de cultura Ursula Vidal.

COP 30 já impulsiona dinâmica cultural paraense

A  secretária de cultura ponderou que, a construção do museu no Porto Futuro, quer inseri-lo num contexto cultural diferenciado. “Será um imenso ecossistema de experiências culturais e turísticas, além de um polo impulsionador de negócios sustentáveis baseados na bioeconomia”.

“Ali, teremos o Museu das Amazônias, a Caixa Cultural e o espaço de gastronomia, além do Parque de Bioeconomia e Inovação e do Hotel Vila Galé, que além de incentivar o turismo através da ampliação da oferta de leitos passa a integrar esta área portuária, proporcionando uma nova janela para o rio que também pode ser frequentada pela população”, avalia Ursula Vidal, que atribui o incentivo a este desenvolvimento cultural à realização da COP 30 na Amazônia. “A cidade terá um marco temporal em sua história. Será um ‘antes e depois’ da COP”, pontua.

Além da construção do museu, o governo do Pará também investe na proteção e preservação da floresta. “Desde 2019, o governo do Pará vem adotando políticas e ações voltadas para a mitigação das mudanças climáticas. E, visando a realização da COP 30 no nosso estado em 2025, a nossa agenda ambiental e climática se expandiu significativamente”, disse o secretário de meio ambiente, Mauro O’ de Almeida.

Entre as medidas do governo do Pará, há ações de comando e controle, que combatem crimes ambientais. Graças a estes esforços, o Pará conseguiu reduzir os alertas de desmatamento em 42% no seu território no último ano – uma redução que chegou a 57% nos 15 municípios em que o governo decretou emergência ambiental.

Pará tem iniciativas voltadas à proteção da floresta

O governo do Estado tem o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN), com meta de recuperar 5,6 milhões hectares até 2030 para, e, desta forma, combater a emergência climática e melhorar a vida da população; o Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia da Pecuária; o Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa; a construção do Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+); e o fomento o fortalecimento do desenvolvimento sustentável do Pará a partir de pesquisas, garantindo subsídios para o planejamento de políticas públicas que promovem a preservação ambiental através da Fapespa.

O governo paraense também incentiva uma nova matriz econômica, desde 2023: o Plano Estadual de Bioeconomia que procura desenvolver novas vocações econômicas para a região a partir do incentivo a atividades de baixa emissão de carbono, com foco no cooperativismo e na sociobiodiversidade, apoiando bionegócios e incentivando a construção de um mercado para produtos da Amazônia, o que valoriza os saberes tradicionais e empodera as comunidades.

“Entendemos que a mudança que precisamos fazer vem da economia, e nós escolhemos a bioeconomia e a restauração florestal como caminhos para essa nova economia. A bioeconomia da floresta, da biodiversidade, das soluções baseadas na natureza, sendo esses os avanços que iremos apresentar para o mundo em 2025 durante a COP 30″, conclui o secretário Mauro O’ de Almeida.

Dia da Amazônia – A escolha da data para homenagear a Amazônia é uma referência histórica ao dia 5 de setembro de 1850, quando Dom Pedro II criou a província do Amazonas. O Dia da Amazônia tem como objetivo chamar atenção para a importância da biodiversidade regional para o planeta.

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