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sábado, março 15, 2025
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Minha Casa Minha Vida gera mais de 13 mil empregos no Pará

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O retorno do programa Minha Casa Minha Vida a partir de 2023, primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está causando impactos significativos na geração de empregos formais na construção civil. É o que mostram os resultados divulgados em relatório elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que previa um aumento de 4,1% para o setor que acabou registrando 4,3% de crescimento, desempenho destacado em 2024, e encerrou o ano com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 359,523 bilhões, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Pará, a análise de dados referentes ao período de janeiro a outubro resultou em 13.349 contratações formais, sendo que Belém responde por 23,7% deste total, com 3.164 vagas geradas com carteira assinada.

“Esse desempenho positivo aconteceu diante do maior dinamismo da economia nacional, do incremento no mercado de trabalho, das obras em função do ano eleitoral e do retorno das obras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, explica Ieda Vasconcelos, economista da CBIC.

A publicação ainda cita que o programa Minha Casa, Minha Vida registrou um crescimento ainda mais expressivo, com alta de 43,3% nas vendas e de 44,2% nos lançamentos. Esses dados demonstram a relevância das políticas habitacionais não apenas para a economia, mas também para a geração de empregos diretos e indiretos.

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De acordo com a CBIC, o crescimento do setor teve impactos significativos na geração de empregos formais. Nos 10 primeiros meses do ano (de janeiro a outubro/24) o setor contabilizou um saldo (diferença entre admitidos e desligados) de 230.856 trabalhadores.

Na construção civil, o número de trabalhadores em atividade em todo o país alcançou o patamar de 2,858 milhões de pessoas. “Todos os três segmentos da Construção Civil – Construção de Edifícios, Serviços Especializados para a Construção e Obras de Infraestrutura – apresentaram saldo positivo de admissões em relação às demissões, o que reforça o crescimento sustentável do setor”, afirma a economista.

O aumento na demanda por mão de obra também reflete uma ampliação nos investimentos e na confiança dos empresários no setor. Do total de 230.856 vagas criadas pela Construção Civil, em todo o Brasil, no período de janeiro a outubro/24, 91.282, ou seja, 39,54%, foram no segmento de Construção de Edifícios. Já o setor de infraestrutura respondeu por 22,64% das novas vagas e os Serviços Especializados por 37,82%.

Ranking

O Pará, juntamente com os estados de Santa Catarina e Goiás, desponta na 5ª posição nacional no ranking de contratações na construção civil. São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro são os quatro estados com maior criação de novos empregos na área. São Paulo continua na liderança de geração de novos empregos no setor.

Os dados do mercado de trabalho da Construção demonstram que o bom desempenho do setor alcança praticamente todo o País. Somente dois estados – Piauí e Mato Grosso do Sul – apresentaram números negativos.

Os dados apontaram que o setor da Construção Civil figurou como o terceiro maior contribuidor para o crescimento do PIB nacional, ficando atrás apenas de Serviços de Informação e Comunicação (6,2%) e Outras Atividades de Serviços (5,3%).

O impacto positivo também foi sentido na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que cresceu 7,3%, elevando a taxa de investimento do Brasil para 17%, acima dos 16,4% registrados no ano anterior, de acordo com o relatório.

O relatório ainda aponta dados favoráveis também na produção de insumos típicos da construção, que cresceu 5,5% em 2024, revertendo a queda de 2,8% registrada no ano anterior. Esse crescimento acompanha a alta na demanda do setor, impulsionada pela retomada de obras habitacionais e de infraestrutura.

No mercado imobiliário, as vendas de apartamentos novos aumentaram 20,9%, enquanto os lançamentos cresceram 18,6%. Em 2023, foram vendidas 331.359 unidades, número que subiu para 400.547 em 2024. Os lançamentos passaram de 323.329 para 383.483 no mesmo período, reforçando o interesse dos consumidores impulsionado por condições de financiamento mais acessíveis.

ENSINO MÉDIO

Do total de 230.856 novos empregos criados na Construção Civil, no período de janeiro a outubro/24, cerca de 52% foram de jovens com idade entre 18 a 29 anos. Trabalhadores com o ensino médio completo representam 67,50% do total das novas vagas criadas pela Construção Civil em 2024.

Conforme os dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho, em outubro/24, o salário médio de admissão na Construção Civil foi de R$2.335,69. Esse valor, além de ficar superior à média nacional (R$2.153,18) foi o segundo maior dentre os segmentos de atividade.

Jader Filho autoriza 99 novas moradias no Pará

Mais de 2 mil pessoas devem realizar o sonho da casa própria com as novas contratações do Minha Casa, Minha Vida. O ministro das Cidades, Jader Filho, autorizou a contratação de novas 569 moradias da modalidade Rural para atendimento à população de 14 municípios, em cinco estados do país. No Pará, estão sendo contempladas famílias que residem em áreas rurais em dois municípios: Santo Antônio do Tauá, com 50 unidades habitacionais, e Santarém Novo, com 44 novas moradias. Desde 2023, 57.663 unidades habitacionais foram selecionadas para atender famílias da região Norte.

O Minha Casa, Minha Vida Rural atende agricultores familiares, trabalhadores rurais e comunidades tradicionais, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas, comunidades remanescentes de quilombos rurais e outros povos e comunidades tradicionais do interior.

A modalidade prevê a possibilidade de o projeto arquitetônico atender às necessidades específicas da vida no campo, com características que respeitam o meio ambiente e as condições locais. Em todo o Brasil, foram selecionadas 75 mil novas unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida Rural desde 2023. As unidades habitacionais são projetadas para atender às necessidades específicas da vida no campo, com características que respeitam o meio ambiente e as condições locais.

Enquanto o teto da faixa de renda familiar bruta mensal é de R$ 8 mil para áreas urbanas, a renda familiar bruta anual é de R$ 96 mil em áreas rurais. O subsídio máximo é de R$ 55 mil e os imóveis devem custar até R$ 350 mil em áreas urbanas e R$ 75 mil em regiões rurais.

OUTRAS REGIÕES

Para o Nordeste, as cidades de Japi, Jucurutu e Rafael Fernandes, no Rio Grande do Norte, receberão 50, 34 e 50 novas residências, respectivamente. No Sergipe, a população de Poço Verde será contemplada com 50 moradias. Ao todo, entre 2023 e 2025, foram selecionadas 174.733 unidades habitacionais na região Nordeste.

Já no Sudeste, o estado de Minas Gerais contará com 229 novas moradias, distribuídas pelos municípios de Aguanil (26), Arcos (11), Capitólio (62), Francisco Sá (50), Nepomuceno (30) e Rio Pardo de Minas (50). As casas fazem parte do total de 92.661 unidades habitacionais selecionadas para a região Sudeste desde a retomada do Minha Casa, Minha Vida.

O Sul do país também será beneficiado, com 50 novas moradias para o município de Redentora e outras 12 para São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul. Para a região Sul, 31.141 unidades habitacionais foram selecionadas a partir de 2023.

FGTS

l De janeiro a outubro/24 o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) financiou 516.207 unidades nos primeiros 10 meses de 2024. Este número foi 28,12% superior ao registrado em igual período do ano anterior. O financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo passou de 416.309 unidades de janeiro a outubro/23 para 469.531 em iguais meses de 2024, ou seja, aumentou 12,78%. O FGTS e SBPE financiaram, até outubro/24, 985.738 unidades.

l Nos primeiros 10 meses de 2024 o financiamento imobiliário com recursos do FGTS totalizou R$ 107,331 bilhões, o que correspondeu a um crescimento de 37,87% em relação a iguais meses de 2023 (R$ 77,848 bilhões). Já o financiamento imobiliário, com recursos do SBPE, aumentou 22,67% passando de R$ 125,661 bilhões para R$ 154,151 bilhões.

l O relatório divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção mostra que há uma tendência de continuidade no crescimento de novos lançamentos em 2025. Entretanto, essa expectativa poderá sofrer influência dos principais indicadores da economia brasileira, como nível de atividade, emprego, juros e também dos custos do setor.

l De acordo com os estudos, considerando o cenário atual, a Construção Civil poderá crescer 2,3% em 2025. Desta forma, analisa a CBIC, o mercado de trabalho deverá continuar em expansão com lançamentos imobiliários. “O mercado imobiliário deverá continuar registrando resultados positivos, em função do Programa Minha Casa, Minha Vida”, conclui o documento.

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