A Prefeitura de Belém (PMB) tem realizado um mapeamento para identificação e solução dos impactos das chuvas na cidade. A ação visa combater os alagamentos e melhorar o escoamento da água em pontos críticos. A iniciativa faz parte do programa “Belém Limpa”, projeto municipal para limpar e revitalizar a cidade com foco nos primeiros 100 dias da nova gestão.
Nos últimos 60 dias, a Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel) tem realizado um conjunto de manutenção dos sistemas de micro e macrodrenagem da cidade. Os principais focos são as áreas mais baixas e historicamente afetadas por alagamentos ocasionados pela combinação entre as chuvas e a alta da maré, propiciados por problemas estruturais, como a ocupação desordenada e a supressão de vegetais. O objetivo é eliminar ou mitigar esse tipo de ocorrência na capital.
De acordo com informações da Sezel, Belém possui 145 pontos críticos de alagamento, incluindo a rua Marechal Hermes, Boulevard Castilhos França e o Complexo do Ver-o-Peso. A iniciativa tem realizado a limpeza e desobstrução de 45 quilômetros de galerias subterrâneas, além de cerca de 5.500 caixas de drenagem, que englobam bocas de lobo e poços de visita, facilitando o escoamento da água pluvial. Ainda, 27 canais da cidade também passam por limpeza, que resultou na remoção de 116 mil toneladas de resíduos sólidos.
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Em paralelo, a prefeitura tem investido no aumento de equipes de hidrojato e na reativação de equipes de educação ambiental. “A Sezel está fazendo esses serviços de limpeza de bueiros, poços de visitas e rede de drenagem. Paralelo a isso, aumentamos as equipes de hidrojatos e estamos ativando a nossa educação ambiental que ficou paralisada no governo passado. Educação ambiental é de suma importância para que a gente possa educar a população e eliminar os pontos críticos de acúmulo de resíduos, para que a água não leve os resíduos para dentro das nossas galerias”, afirmou o secretário-executivo da Sezel, Fernando Camarinha.
“Apesar do déficit financeiro, da maneira que a gente encontrou a Sesan, com aproximadamente 300 milhões em dívidas, temos dado toda a atenção para que possamos solucionar e aumentar o número de equipes conforme a gente vai ajustando o equilíbrio financeiro da secretaria. A dívida inicial dificultou o início da nossa gestão na Sezel, mas nós já estamos solucionando para que a gente possa cada vez mais aumentar o número desse serviço executado dando uma resposta a população”, finalizou.
Soluções
O estudo de soluções envolve medidas em parceria com o Governo do Pará e o Governo Federal, através do Ministério das Cidades. A resolução conta com a integração de três sistemas de drenagem de água da chuva, que combinam a captura, filtragem, escoamento e coleta de resíduos antes que cheguem nas galerias de esgoto: jardim de chuva, bueiros inteligentes e Storm Tech.
“Nós temos um sistema chamado jardim de chuva, que é um paisagismo projetado para capturar e filtrar a água das chuvas e ajuda a reduzir o volume que escoa para o sistema de drenagem. Estamos estudando a possibilidade de bueiros inteligentes, compostos por uma caixa coletora instalada no interior dos bueiros. Tem também o Storm Tech, que é um sistema de gestão de água pluvial que utiliza um módulo de armazenamento subterrâneo, para coletar e gerenciar a água da chuva”.