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quarta-feira, outubro 9, 2024
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“Malandragem” em falta custa caro ao Paysandu na Série B

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No coração das quatro linhas, o futebol é muito mais do que apenas técnica, tática e raça. É preciso ter astúcia e perspicácia. Aliado a tudo isso, é necessário ter malandragem.

Esse termo, ligado à cultura futebolística brasileira, trata-se de tirar proveito das regras e situações do jogo, muitas vezes de maneira astuta e até mesmo questionável.

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Mas calma, ninguém aqui está falando sobre o antijogo raiz, mas sim de se adaptar e superar adversidades com inteligência e malícia, coisas que estão faltando ao Paysandu na Série B 2024.

O Papão em ao menos sete jogos, das 18 rodadas disputadas até aqui, poderia ter conseguido um resultado melhor, caso tivesse astúcia, perspicácia e a famosa malandragem.

Rodada 2: Paysandu 1 x 1 Botafogo-SP

O Paysandu recebia o Botafogo-SP e estava em um jogo complicado, principalmente após a expulsão de Bryan Borges. No entanto, Esli Garcia entrou no jogo para marcar um golaço e abrir o placar.

O gol saiu aos 68 minutos e, faltando 22 minutos, não conseguiu segurar o resultado, muito por não saber como gastar o tempo. Aliado a isso, a falta de experiência de Wanderson no empate, ao deixar o atacante tomar a frente.



Rodada 5: Paysandu 1 x 1 Goiás.

Novamente, o Paysandu saiu na frente, aos 19 minutos do primeiro tempo, com Nicolas. Ficou com um jogador a menos aos 45 do segundo, mas viu o Esmeraldino perder um jogador na segunda etapa, aos 25 minutos.

Até aí, um jogo seguro do Papão, que via o número de jogadores se igualar novamente. No entanto, aos 85 minutos, viu Juninho passar por 5 marcadores e construir a jogada do empate, sem ninguém para matá-la na intermediária.



Rodada 11: Paysandu 1 x 1 CRB.

Outro jogo brigado, disputado, mas que o Papão saiu na frente do placar, em cobrança de pênalti de João Vieira. Tanto trabalho para marcar o gol para, cinco minutos depois, sofrer o empate.

E aí aqui entramos em um ponto muito criticado na forma de jogar do técnico Hélio dos Anjos: a linha alta. A zaga bicolor estava na intermediária quando Léo Pereira recebeu o passe e foi até o gol sozinho.

Para que a linha alta naquele momento? Não é demérito algum fechar a “casinha” e sair para o ataque somente na boa. Deixar a defesa exposta já vem custando caro ao Papão faz tempo.

Além disso, o Lobo levou vários cartões vermelhos desnecessários no início da competição. Edílson teve a opção de matar a jogada, mas não fez. Às vezes, o antijogo vale a pena.



Rodada 13: Paysandu 1 x 1 Operário.

Gol no início, porém postura muito defensiva, abdicando de atacar, de jogar, fazendo o Operário crescer e empatar o jogo aos 88 minutos. Novamente um “balde de água” fria na Fiel Bicolor.

Não houve malícia para segurar o resultado. O Paysandu simplesmente não conseguia gastar tempo e era tudo o que os visitantes queriam. Conclusão, dois pontos a menos na conta.



Rodada 14: Coritiba 1 x 1 Paysandu

Jogo grande fora de casa, contra uma equipe candidata ao acesso. E o Paysandu jogava com inteligência, coragem, não foi à toa que abriu o placar aos 32 minutos com Nicolas.

Porém, novamente a linha alta: 45 minutos, com mais três de acréscimos para rolar e onde estava a zaga do Paysandu, com a equipe vencendo o jogo? No meio de campo. Contra-ataque fatal e gol do Coxa. Sem mais!



Rodada 17: Brusque 1 x 0 Paysandu

Aqui faltou tranquilidade para Leandro Vilela, que perdeu a bola no meio, e mais tranquilidade ainda para Lucas Maia, que cometeu um pênalti com apenas 7 minutos e levou cartão vermelho.

Talvez a melhor opção era deixar o lance ser concluído, mesmo que o gol saísse, seriam 11 x 11 para buscar a virada, já que o Lobo tinha plenas condições por ser uma equipe melhor. Ou seja, faltou perspicácia.



Rodada 18: Paysandu 1 x 3 Novorizontino.

Este jogo está fresquinho na memória do torcedor. O Paysandu abriu o placar após um presentão, não teve competência para ampliar o placar e retribuiu o favor em três parcelas, mas saindo no prejuízo.

Novamente, levou o gol de empate nos acréscimos do primeiro tempo, após um pênalti construído em um contra-ataque que pegou a defesa no meio-campo, assim como contra o Coritiba e CRB.

Depois, Paulinho Bóia e João Vieira perderam bolas no meio de campo, igual a Leandro Vilela contra o Brusque, e entregaram os outros dois gols. Derrota amarga e dolorosa.

Na virada, Wanderson ficou no mano a mano com Lucca, recuou da intermediária até a área, dando espaço e deixando o atacante próximo do gol. Detalhe: o zagueiro tinha quatro companheiros chegando para ajudar.



Apesar das decisões erradas que está cometendo, o Paysandu tem mostrado potencial e uma capacidade de enfrentar qualquer adversário na Série B do Campeonato Brasileiro.

A falta de astúcia e perspicácia em momentos cruciais pode ter custado pontos importantes, mas também evidenciou o quanto a equipe é capaz de se destacar quando ajusta a abordagem.

O Papão continua a lutar e demonstrar qualidade, e com um pouco mais de inteligência e malandragem, tem tudo para reverter a situação e melhorar o desempenho na Série B.

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