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domingo, abril 13, 2025
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Luizinho admite erro tático no início e explica mudanças no Paysandu

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Desorganização tática, desgaste físico e falta de entrosamento marcaram a segunda partida do Paysandu na Série B, em mais um desafio que expôs os efeitos de um calendário sufocante e de um elenco em adaptação.

Em um duelo que começou turbulento para o Paysandu, a derrota por 1 a 0 para o Vila Nova, fora de casa, foi reflexo de um início desorganizado e de decisões tomadas por Luizinho Lopes, que admitiu confusão no plano de jogo inicial e justificou as mudanças no time titular como uma tentativa de dar fôlego a uma equipe fisicamente exaurida.

O treinador reconheceu que o Papão não conseguiu encaixar sua estratégia de saída de bola com Reverson e apontou a falta de compactação no setor defensivo nos minutos iniciais como fator determinante para o gol sofrido logo cedo.

“Nossa equipe não estava tão organizada como gostaríamos, principalmente sem a bola. Pra você jogar com a bola você tem que sair de uma compactação que você está organizada, pra quando estar com a bola já estar bem estruturada”, disse Luizinho.

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“Nós vinhamos fazendo uma saída de três com o lateral esquerdo, assim, em sequência, que era o PK. Hoje nós tentamos iniciar assim com o Reverson e logo eu vi que não estava tão encaixadinho, não só ali, o todo, né? E aí a gente fez uma variação, trouxe o Ramon por dentro, liberou o Reverson e aí baixou o Giovanni pra flutuar ali com o André. Começou a melhorar, o time ficou pelo menos melhor posicionado dentro de campo e a gente terminou de uma maneira mais organizada”, explicou.

MUDANÇA TÁTICA

No entanto, essa tentativa de reposicionar o time com uma formação que envolvia a marcação no 4-1-4-1 acabou esbarrando na falta de treino e no entrosamento comprometido pelas seis alterações em relação ao jogo anterior. “Nós jogamos um jogo de posição e com as mudanças gerou um pouco de confusão, digamos assim, no início da partida. E com a bola rolando a gente foi organizando, foi tentando organizar a equipe, mas nós tivemos um pouco de dificuldade ali até os 15, 20 minutos. Depois a gente começou a se reorganizar, mudou um pouco da dinâmica”, admitiu Luizinho.

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EVOLUÇÃO NO SEGUNDO TEMPO

Mesmo assim, o técnico viu evolução na postura bicolor durante o segundo tempo, destacando lances perigosos protagonizados por Benítez e finalizações que carimbaram a trave do adversário. “Tivemos duas bolas na trave, teve aquela infiltração ali do Benítez que ele poderia ter tomado uma decisão melhor. No lance em que a bola sobrou para o Benítez também, livre, quase que a gente poderia ter empatado o jogo. Mas enfim, a quantidade de mudanças gerou um pouco de dificuldade até que a gente pudesse ir se organizando dentro da partida”, pontuou.

DESGASTE FÍSICO

Além da parte tática, o treinador reforçou que o desgaste físico após a final da Copa Verde contra o Goiás, apenas dois dias antes, pesou consideravelmente. Segundo ele, o GPS do clube registrou níveis altos de intensidade, o que obrigou a comissão a poupar jogadores e alterar o time base. “Hoje, fizemos várias mudanças na equipe para dar uma renovada, mas isso trouxe algumas dificuldades. Estamos enfrentando uma sequência intensa de jogos importantes, com duas finais e ainda a Copa do Brasil. Pensamos no jogo de hoje e também na sequência de desafios”, enfatizou.

“A final contra o Goiás exigiu um nível muito alto de intensidade, o que impactou o desempenho da equipe, especialmente no pós-jogo. Após uma final, muitos jogadores ficam mais desgastados, e o nosso GPS indicou um alto nível de esforço. Mesmo assim, conseguimos uma boa resposta em relação à intensidade, mas, dois dias depois de uma final, os jogadores estavam bastante cansados. No entanto, acredito que, apesar disso, mereciamos sair do jogo de hoje, pelo menos, com um empate.”

PERFORMANCE DA EQUIPE

Ao ser questionado sobre o desempenho geral nas duas primeiras rodadas, Luizinho manteve um tom equilibrado: elogiou o desempenho contra Athletico-PR, mas reconheceu que o duelo contra o Vila Nova teve mais oscilações.

“Bom, com relação à performance e desempenho, hoje talvez foi o dia que a gente oscilou mais, porque contra o Athletico Paranaense a gente teve uma performance ok. Nós não mereciamos aquele resultado, mas futebol não é esporte de merecimento. Enfim, nós não vencemos a partida, mas nós jogamos de maneira organizada, praticamente durante toda a partida. Na última partida (contra o Goiás, pela Copa Verde), nós fizemos também um jogo muito bom, um jogo muito organizado, criamos bastante e não conseguimos vencer”.

SITUAÇÃO DE NICOLAS

Sobre a situação de Nicolas, que esteve próximo de ser negociado com o América-MG, o comandante preferiu não entrar em polêmicas: “A situação do Nicolas foi incerta, com idas e vindas, especialmente em relação ao interesse do América Mineiro. No futebol brasileiro, com o calendário das janelas de transferências, precisamos nos adaptar a essas mudanças. Não cabe a nós fazer muitos julgamentos sobre isso, pois, ao final de uma janela, todos os clubes tentam se reforçar e realizar contratações. Essa é uma situação que está além do meu controle, é uma questão do mercado. O importante é que seguimos com boas opções para alcançar nossos objetivos”, ponderou.

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