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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Julgamento do Caso Daniel inicia após 5 anos de crime brutal

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Na manhã desta segunda-feira (18), enquanto a cidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desperta para mais um dia de trabalho e rotina, o Fórum local se prepara para um evento de grande magnitude. O silêncio que permeia o ar é interrompido pelo burburinho de vozes ansiosas, que aguardam o início de um julgamento que promete ser um marco na história jurídica do país.O caso em questão é o do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, cuja morte brutal ainda ressoa na memória coletiva, mesmo após cinco anos. Ao longo dos próximos dias, sete acusados enfrentam o júri popular, trazendo à tona novamente a dor, a indignação e a busca por justiça que este caso suscitou.CONTEÚDO RELACIONADOCaso Daniel: Buscas por casa de Swing em celular de Brittes muda rumo da investigaçãoEm vídeo, jogador Daniel aparece sendo empurrado na balada antes de ser mortoCaso Daniel: assassinato que chocou o mundo completa 2 meses sem vereditoDaniel, um promissor jogador de 24 anos, foi encontrado morto em circunstâncias brutais em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais. Segundo relatos da polícia, ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. O crime ocorreu após Daniel participar da festa de aniversário de Allana Brittes, filha do empresário Edison Luiz Brittes Júnior, que confessou ter assassinado o jogador.Quer saber mais notícias do futebol brasileiro? Acesse nosso canal no WhatsApp.A família da vítima, que reside no interior de Minas Gerais, viajou ao Paraná para acompanhar o julgamento. “Nós estamos aguardando uma sentença exemplar para este caso, porque além da brutalidade e covardia empregada nesse caso, devem ser ser reprimidas com uma sentença exemplar”, declarou Nilton Ribeiro, advogado que representa a família de Daniel. 
  COMO FUNCIONA O JÚRI POPULARO júri, composto por sete membros selecionados por meio de um sorteio entre 160 pessoas convocadas, iniciou às 8h30. O serviço de júri é obrigatório no Brasil, mas os sorteados podem alegar impedimento. Os membros sorteados ficam incomunicáveis após o sorteio e, se a Justiça achar necessário, podem ser isolados no fórum. Após serem selecionados, eles fazem um juramento prometendo analisar de forma imparcial e decidir sobre o caso. Em seguida, a sessão do júri começa.- Sem remorso, assassino do jogador Daniel grava vídeo dentro da prisão: ‘estou bem’A previsão é que o julgamento se estenda até quarta-feira (20). De acordo com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), a ordem da sessão será iniciada pelo Ministério Público (MP-PR), seguida pela defesa, interrogatório e debate com os sete acusados.Após os debates, o júri popular vai para a fase chamada de quesitação, quando os jurados são questionados se condenam ou absolvem os réus. Antes de decidirem, os jurados também podem fazer perguntas às testemunhas por intermédio do juiz. O júri deve tomar a decisão com base no que ouviu ao longo do julgamento.Os votos são contados e, ao chegar em quatro votos iguais, o juiz encerra a contagem e o veredito é anunciado. O juiz, então, acompanha a decisão da maioria e faz a dosimetria da pena, ou seja, determina qual a pena cabível no caso de acordo com as circunstâncias admitidas pelo Conselho de Sentença.- Intenção de Edison Brittes era ‘castrar’ jogador Daniel e deixá-lo na rua, diz testemunhaOs sete acusados no caso do assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas são:Edison Brittes Júnior: Acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo.Cristiana Rodrigues Brittes: Acusada de homicídio qualificado (motivo torpe), fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo.Allana Emilly Brittes: Acusada de coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.David Willian Vollero Silva: Acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver.Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: Acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver e corrupção de menor.Ygor King: Acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver.Evellyn Brisola Perusso: Acusada de fraude processual. 
  O passo a passo dos eventos que levaram ao assassinato do jogador Daniel:27 de outubro de 2018: Daniel Corrêa Freitas, jogador de futebol de 24 anos, é encontrado morto na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.Confissão do crime: O empresário Edison Luiz Brittes Júnior, de 38 anos, confessa em entrevista à RPC e em depoimento à polícia ter assassinado Daniel.A festa: O crime ocorre após a festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edison, na qual Daniel também estava presente. A festa começou em uma casa noturna de Curitiba na noite de 26 de outubro e continuou na manhã do dia seguinte na casa dos Brittes.Alegações de Edison: Edison alega à polícia que Daniel tentou estuprar sua esposa, Cristiana Brittes, e que matou o jogador “sob forte emoção”.Mensagens e fotos: Antes de ser agredido e morto, Daniel troca mensagens e fotos com um amigo em que ele aparece deitado ao lado de Cristiana Brittes e da filha Allana.Encontro no shopping: Dois dias após o crime, Edison marca um encontro em um shopping de São José dos Pinhais para, segundo a denúncia, coagir testemunhas. A reunião é registrada por câmeras de segurança.Prisões: Edison é preso em casa em São José dos Pinhais no dia 1º de novembro. Além dele, outras seis pessoas são presas temporariamente pela Polícia Civil suspeitas de envolvimento no crime: Cristiana, Allana, Eduardo Henrique da Silva, namorado de uma prima de Cristiana, Ygor King, Willian David e Eduardo Purkote.Decisão judicial: Na decisão que determina as prisões da família Brittes, o juiz afirma que existem indícios de que Edison, Cristiana e Allana atuaram ameaçando e coagindo testemunhas a apresentar uma versão uniforme.Conclusão do inquérito: No inquérito concluído pela Polícia Civil, o delegado Amadeu Trevisan afirma que não houve tentativa de estupro por parte do jogador Daniel contra Cristiana. Além disso, o delegado diz que Cristiana e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.Agressão: De acordo com os depoimentos prestados à polícia, Daniel é flagrado por Edison dentro do quarto de Cristiana e passa a ser agredido pelo empresário e outros convidados da festa.Transporte do corpo: Após ser espancado, Daniel é colocado vivo no porta-malas do carro de Edison e levado para a área rural de São José dos Pinhais. Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian da Silva acompanham Edison no carro.Laudo do IML: De acordo com os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e da Polícia Científica, Daniel foi morto pelas facadas que recebeu no pescoço. A perícia não soube dizer se ele foi mutilado ainda com vida. A perícia também aponta que o corpo de Daniel foi carregado por mais de uma pessoa entre o carro e o local onde o corpo foi encontrado. 
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