Em meio à tensão típica dos clássicos e à expectativa de uma torcida sedenta por glórias, alguns jogadores conseguem personificar a esperança coletiva. No Clube do Remo, esse papel tem sido exercido com força por Jaderson, volante que conquistou o coração do Fenômeno Azul não com títulos, mas com suor, raça e versatilidade em campo. O atleta, que chegou ao Baenão sem alarde no ano passado, transformou-se em símbolo de entrega e regularidade, justamente quando o clube mais precisava.
Atuando como primeiro ou segundo volante, armador e até mesmo avançando ao ataque, Jaderson foi essencial na campanha que recolocou o Remo na Série B do Campeonato Brasileiro. Agora, o meio-campista vislumbra um novo capítulo com a camisa azulina: conquistar o primeiro título pelo Leão diante do maior rival, o Paysandu.
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“Não é um jogo qualquer, é uma final e é um clássico, então acho que a gente tem que encarar de uma forma diferente. É um jogo que vai ser observado no Brasil todo. Então, a gente está muito bem preparado. Individualmente, estou muito preparado para fazer dois grandes jogos, mas, agora, pensamos 100% nesta quarta-feira, ligados em cada bola, em cada minuto, para sair com um resultado positivo no primeiro jogo”, afirmou o jogador, em tom determinado.
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SEM EMPOLGAÇÃO
O entusiasmo da torcida, naturalmente alimentado pela boa fase do clube, é visto com cautela pelo camisa 8. Dentro do vestiário, segundo ele, o clima é de máxima seriedade. “A gente nem pensa em empolgação, a gente nem pensa em entrar de salto alto, porque é clássico, é diferente, é outro campeonato, então a gente com certeza respeita o nosso adversário, independente do momento que eles estão vivendo. O jogo é diferente, a energia do jogo é diferente, então vai ser tudo diferente. A gente está muito bem preparado, psicologicamente também, e a gente sabe o que vai encarar na quarta-feira e no domingo”, explicou.
Mesmo com o desafio de disputar simultaneamente a reta final do Parazão e a maratona da Série B, Jaderson acredita que o grupo tem conseguido responder à altura. “Estamos muito preparados, temos que estar bem mentalmente. Acho que a gente está se recuperando muito bem de jogo para jogo, todo mundo está fazendo o melhor trabalho para a gente estar preparado para cada jogo e está 100%”, garantiu.
IDENTIFICAÇÃO, RAÇA E VONTADE
Ao lembrar sua trajetória no Remo, o volante destaca o quanto a identificação com o clube e a torcida tem sido combustível para ir além dos limites. “Desde que cheguei aqui, eu sempre falo que eu me identifiquei muito com o clube; quando entro em campo eu dou minha vida pelo Remo, corro pelos torcedores. Às vezes, a gente não vai estar no melhor, mas raça e vontade em mim nunca vai faltar”.
Com a confiança em alta e o coração azulino pulsando forte, Jaderson quer mais do que reconhecimento: deseja, enfim, dar a volta olímpica vestindo o manto azul.
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