No período do verão amazônico, as chuvas são mais escassas e o alto calor com temperaturas elevadas se torna um risco diante da possibilidade da propagação de incêndios ser maior nesta época do ano.
Famílias afetadas pelo incêndio que atingiu quatro casas no bairro da Condor, em Belém, no último domingo (10), organizaram um protesto que resultou na interdição total do tráfego na avenida Bernardo Sayão, no trecho entre o Porto da Palha e a travessa Padre Eutíquio. A manifestação teve início na tarde desta terça-feira (12) e durou cerca de duas horas.
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Os moradores reivindicam, entre outras coisas, a ação por parte do proprietário de um grande terreno baldio, vizinho às casas atingidas, para conter as chamas que, apesar de controladas pelos Bombeiros, se reacendem com frequência, preocupando quem vive no local.
No domingo, um incêndio de grandes proporções destruiu completamente duas casas e causou danos severos à estrutura de outras duas moradias na comunidade Joana d’Arc. Indignados, os moradores também cobram a prisão do homem suspeito de provocar o incêndio de forma criminosa, que segue foragido.
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Com uso de pedaços de madeira e móveis velhos, os manifestantes não permitiam a passagem de nenhum veículo pelo local, que costuma ter um alto movimento de caminhões e ônibus que circulam pela área portuária ou rumo ao campus da Universidade Federal do Pará (UFPA).
PREOCUPAÇÃO CONSTANTE
Os moradores relataram ao repórter Luiz Otávio Louredo, da RBATV, que o proprietário do terreno baldio se comprometeu a trazer maquinários para fazer o manejo do solo e resolver, de uma vez por todas, os problemas de reincidência do fogo na área descampada. A maior preocupação da vizinhança, além da emissão de fumaça praticamente permanente, é do risco de novos incêndios, como o que ocorreu há dois dias.
“Não estamos nem conseguindo respirar direito. A fumaça fica aí dia e noite. Durante a noite é ainda pior, pois não conseguimos dormir pelo cheiro forte de fumaça que vem dos pequenos focos de incêndio que ainda brotam no terreno e pela preocupação de que o fogo se alastre e volte a destruir as casas de quem mora aqui na comunidade”, desabafou a esteticista Telma Pinheiro, que mora no local.
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SUSPEITO IDENTIFICADO
O suspeito de provocar o incêndio já foi identificado e é conhecido como “Careca”. Ele é procurado pela Polícia Civil do Pará, a qual informou que o homem já possui registros criminais, inclusive por roubo.
Ainda durante o incêndio no domingo (10), militares do Corpo de Bombeiros que atuaram na ocorrência informaram que a principal suspeita era de que o fogo teria sido provocado por uma pessoa que fazia a queima de fios de cobre furtados para a extração do metal.
As chamas da queima do material se espalharam pelo grande terreno baldio vizinho às casas, que acabaram sendo atingidas.
