Daqui a dois anos, está previsto o mais importante encontro ambiental do planeta, que reunirá delegações de todo o mundo e um grande volume de visitantes, exigindo uma ampla gama de serviços, especialmente na área de hotelaria. Para os profissionais do setor, é crucial planejar-se para atender à demanda esperada.
Pensando nisso, o governo federal está determinado a garantir pelo menos 20.000 vagas em hotéis para que Belém, capital do Pará, possa sediar a COP30 – Conferência da ONU sobre o Clima – em 2025. No entanto, as estimativas do governo indicam que a capital paraense atualmente não possui nem metade desse número. O Planalto está preocupado com o progresso das obras na cidade, considerando que a capacidade hoteleira é limitada, conforme relatado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA).
Segundo a ABIH-PA, atualmente Belém conta com 5.712 quartos de hotel e 12.115 leitos, enquanto o governo federal estima um número ainda menor. Inicialmente, planeja-se alcançar 60.000 ou mais vagas na rede hoteleira da cidade. Para acelerar o processo, o Executivo busca adiantar o cadastro de moradores junto à empresa de locação de imóveis Airbnb, visando obter uma estimativa precisa do número de quartos adicionais que a plataforma pode oferecer.
Uma das obras federais mais importantes para o evento é a dragagem da baía do Guajará, que possibilitaria o atracamento de grandes navios de cruzeiro, aumentando assim a capacidade de hospedagem. No entanto, o Planalto afirma não ter recebido o projeto necessário para iniciar os trâmites da operação.
Após considerações sobre a possibilidade de desistir de Belém como sede do evento climático, a Casa Civil anunciou a criação da Secretaria Extraordinária para a COP30, visando fortalecer a articulação entre o município-sede, o Estado do Pará e o governo federal, além de facilitar a interlocução com a ONU.
A nova secretaria contará com 30 funcionários públicos, todos remanejados do Ministério da Gestão e Inovação, e funcionará até junho de 2026. Paralelamente, a hidrelétrica de Itaipu continua envolvida no financiamento da COP30 em Belém, com planos para a reforma do mercado Ver-O-Peso, cujo custo está estimado em cerca de R$ 50 milhões, embora o valor total do investimento deva ultrapassar esse valor.
O presidente Lula tem buscado recursos para apoiar a conferência, reconhecendo que mudar a sede seria prejudicial para a imagem do país. Os paraenses aguardam ansiosamente o aporte financeiro, que se somará aos R$ 3 bilhões já anunciados pelo BNDES.
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