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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Filhotes de peixe-boi são resgatados por avião no Pará

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O peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis) é a menor espécie de peixes-boi exclusivamente de água doce do mundo, mas é também o maior mamífero aquático herbívoro da Bacia Amazônica, podendo medir até 275 cm e pesar até 420 kg na fase adulta. Atualmente, a espécie corre sério risco de extinção pela caça, perda de habitat e outros fatores de interferência humana na natureza.

O Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp) realizou, neste domingo (10), o transporte de dois filhotes de peixe-boi-da-Amazônia. De regiões distintas, os dois mamíferos aquáticos foram encontrados em Monte Alegre, no oeste do estado, e Portel, no Arquipélago do Marajó. Eles foram transportados por um avião para Belém.

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A operação de resgate iniciou na manhã deste domingo (10) para Santarém e, em seguida, para Monte Alegre, onde o primeiro filhote foi embarcado na aeronave.

O animal foi encontrado na quinta-feira (7) pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Monte Alegre (Semma). A secretaria solicitou apoio ao órgão estadual de meio ambiente e sustentabilidade (Semas) no traslado do animal.

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Segundo o diretor do Grupamento, coronel Armando Gonçalves, o transporte no modal aéreo é o mais recomendado nesse tipo de demanda, por oferecer maior segurança aos animais, em menor tempo.

“A agilidade e eficiência da nossa equipe foram cruciais para salvar os dois filhotes de peixe-boi em situação de risco. O uso de aeronaves em operações de resgate como essa garante a segurança dos animais e a eficiência do processo, minimizando o tempo de resposta e maximizando as chances de sucesso. Agradecemos a todos os envolvidos nessa operação e reiteramos o nosso compromisso com a preservação ambiental e o bem-estar da fauna brasileira”, afirma o diretor, coronel Armando Gonçalves.

Durante o traslado de Monte Alegre a Belém, a equipe tomou conhecimento do segundo animal, conhecido carinhosamente como “Bené Baixinho”. “Bené” foi encontrado no sábado (9) na comunidade São Benedito, área rural de Portel, no Marajó, e estava sob cuidados do Instituto Bicho D’água.

Foi então que a rota para Portel foi traçada para o resgate do segundo animal, com pouso no final da tarde na base do Graesp no Aeroporto Internacional de Belém.

CUIDADOS

Agora, os dois filhotes estão recebendo cuidados no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Selvagens (Cetras) da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Após, “Bené Baixinho” será encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará (UFPA).

De acordo com a gerente de fauna, aquicultura e pesca da Semas, Talita Praxedes, os filhotes devem receber cuidados específicos. “No caso de Monte Alegre, estimam que ele tenha ficado pelo menos oito dias sem alimentação. Ele tinha um ferimento nas costas, o que comunica para a gente que, talvez, muito provável, a mãe tenha sido morta por arpão e esse arpão também pegou nele. Então, ele teve muito emagrecimento e desidratação”.

“O menor, como foi encontrado no sábado, apresentava apenas desidratação, talvez alguma perda de peso, mas não tão acentuada quanto o outro. Eles precisam de cuidado agora de alimentação, medicação, e também assistência por causa da vida de estresse, da viagem. Vão receber todos os cuidados necessários e a avaliação por parte da equipe técnica lá do hospital veterinário”, informou Talita Praxedes.

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