No Paysandu desde 2023 e com contrato renovado até o fim de 2028, o goleiro Matheus Nogueira sabe bem o que é viver o clube. Com um acesso, duas Copas Verdes e um Campeonato Paraense pelo Lobo, o camisa 13 entende o momento delicado da equipe.
Sem vitórias há nove partidas, o Papão amarga a vice-lanterna da Série B do Campeonato Brasilerio e vive uma crise. Entretanto, os jogadores veem a possibilidade do título do Campeonato Paraense, diante do Clube do Remo, como uma virada de chave.
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Mesmo com a boa fase do rival, que não perde há oito partidas e está na vice-liderança da Segundona, Matheus Nogueira sabe que clássico é um jogo totalmente diferente de todos os outros. E ele fez questão de lembrar que foi justamente um que virou a chave para o Paysandu na Série C de 2023.
“A gente estava em uma situação até pior do que a gente está hoje, era Série C. Acho que estávamos na zona de rebaixamento, penúltima colocação, e foi um Re-Pa que nos alavancou, nos deu uma confiança tremenda para que a gente pudesse dar aquela virada de chave. É claro que a gente sabe que é difícil, o outro lado vive um momento bom, mas a gente sabe que clássico é diferente. Independente de posição na tabela ou de fase, o que sobressai é a vontade, aquele que é mais efetivo, e a gente tem todas as peças para que a gente possa sair vitorioso desse clássico, levantar esse título e começar de vez essa virada de chave”, destacou.
Apesar da confiança de tirar o Paysandu desta situação, os jogadores sabem que a Fiel Bicolor – que já garantiu a presença de mais de 10 mil torcedores para o Re-Pa – quer ver o resultado acontecer logo. Para Matheus Nogueira, o Paysandu paga um preço por “estar vivo” em vários campeonatos.
“O torcedor não tem mais paciência, e a gente entende, porque a cobrança é por resultado, e o resultado não está vindo. Estamos fazendo uma força muito grande em cima daquilo que a gente tem, em cima das logísticas e dos jogos. Se nós estamos passando por essa questão de jogo em cima de jogo, é pelo fato de estarmos em todas as competições. O ponto fora da curva, com certeza, é a Série B, mas se você for ver nas outras competições, nós estamos vivos. Fomos campeões da Copa Verde, da Super Copa Grão-Pará, estamos na final do Campeonato Paraense. E temos chances de classificar na Copa do Brasil, mas a Série B não é nem perto do que a gente queria estar passando. Temos que entender que o momento passa e tem que passar quanto antes. E o torcedor não tem mais paciência, querendo ou não, estamos há um mês sem ganhar, e temos que vencer quanto antes”, ressaltou.
“Isso influência. Se nós estamos passando por isso, é porque esse é o preço do sucesso por estarmos em todas as competições. Quando os jogadores vieram para cá, todos já sabiam os objetivos do clube. Como falei, o ponto fora da curva é a Série B, não estamos satisfeitos, nós estamos nos cobrando muito. Se tem alguém que quer sair dessa situação, somos nós, porque é a nossa cara que está ali, é o nosso trabalho, é a instituição que a gente está defendendo, então nós queremos mais do que ninguém sair dessa situação”, ponderou.
Agora, o Paysandu precisa mais do que ajustes táticos para reagir. Neste cenário de pressão, a força mental do elenco se torna essencial para buscar a virada. Manter o foco, a união e a confiança pode ser o diferencial para sair da crise e reencontrar o caminho das vitórias.
“Na minha visão, quando a fase está boa, precisamos manter a cabeça no lugar, não se empolgar para que a gente não possa tropeçar nas próprias pernas. E agora temos que ter um mental forte, para que a gente possa fazer o que tem que ser feito dentro de campo. O trabalho reflete dentro de campo. A gente não tem muito tempo para treinar, é viagem, é descansar quem está jogando, tentar dar uma carga de treino para quem não está jogando. Eu acho que esses dois fatores são importantes, ter um mental forte e trabalhar, que eu tenho certeza de que essa fase vai passar e o nosso torcedor vai voltar a sorrir”, finalizou.