Apresentado como novo executivo de futebol do Clube do Remo, Marcos Braz não fugiu de uma pergunta direta: como lidar com a realidade financeira do Leão após anos à frente de um dos clubes mais ricos do país? A resposta veio com uma comparação que remonta ao início de sua trajetória no Flamengo, quando o cenário era bem diferente do atual.
“Primeiro, eu queria lembrar que trabalhei em dois Flamengos. No poderoso e no lá de trás. Graças a Deus, em 2009, era outro orçamento, e o Flamengo foi campeão brasileiro após 18 anos. Eu tinha 36 anos, tinha um jogador mais velho que eu. Também trabalhei na adversidade no Flamengo, com salários atrasados, com situações adversas. Quem vê minha imagem hoje, atrelada somente ao Flamengo robusto como é, com orçamento poderoso, talvez não conheça o Marcos Braz, que lá atrás teve que contratar jogadores sem poder gastar muito”, explicou.
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A fala, firme e recheada de contexto, serve como um recado direto a quem duvida da capacidade de adaptação do dirigente. Mesmo acostumado a trabalhar com grandes cifras nos últimos anos, Braz afirma ter a experiência necessária para gerir orçamentos mais modestos, como é o caso do Remo – ainda que a situação atual do clube esteja em ordem.
“Estamos com os salários em dia, todos os compromissos em ordem, mas para quem acha que só trabalhei em um tipo de Flamengo, isso não é verídico. Estou acostumado a trabalhar em qualquer tipo de mercado”, concluiu.
Experiência e adaptação
A chegada de Marcos Braz ao Remo representa mais do que uma mudança de bastidores. É um movimento estratégico de quem entende que, para brigar por acesso, não basta ter bons nomes: é preciso inteligência administrativa, leitura de cenário e poder de reação diante das dificuldades.
E, nesse ponto, Marcos Braz mostra que não chegou a Belém apenas com o currículo de títulos, mas com cicatrizes de quem já venceu mesmo quando o cenário não era tão favorável.