A compulsão alimentar tem se tornado cada vez mais um problema prevalente na sociedade brasileira, afetando um número significativo de pessoas em diferentes faixas etárias e contextos sociais. Este distúrbio, caracterizado pela ingestão descontrolada e excessiva de comida, frequentemente acompanha sentimentos de culpa, vergonha e falta de controle.
Para entender melhor o assunto, é fundamental compreender o contexto do problema. A compulsão alimentar se caracteriza pela vontade de comer em grandes quantidades e rapidamente, mesmo quando não se está com fome, resultando em ganho de peso excessivo, podendo levar ao desenvolvimento de outros distúrbios psicológicos, como depressão ou bulimia.
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De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo sejam afetadas por algum transtorno alimentar, como anorexia, bulimia e a própria compulsão alimentar e outros. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 4,7% da população brasileira hoje sofre de compulsão alimentar, um dado expressivo, tendo em vista que o quantitativo representa quase o dobro da população mundial (2,6%).
DE ONDE VEM O PROBLEMA?
Segundo a psicóloga Karine Hamad Vieira, Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento/UFPA, alguns fatores psicológicos contribuem para o desenvolvimento da compulsão alimentar. “É necessário fazer uma avaliação/escuta sobre cada caso e assim será possível construir um plano de atendimento para o paciente”, afirma.
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Pressões sociais, padrões estéticos irreais, estresse, ansiedade e histórico de dietas restritivas são apenas alguns dos elementos que podem desencadear ou perpetuar esse comportamento disfuncional. Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da compulsão alimentar são diversos, podendo incluir aspectos genéticos, sociais e ambientais.
É importante destacar que a compulsão alimentar não é simplesmente uma questão de falta de força de vontade ou disciplina. Trata-se de um transtorno mental complexo que requer compreensão, empatia e tratamento adequado.
COMPULSÃO NA MÍDIA
Recentemente, no Big Brother Brasil 24, a modelo e participante Yasmin Brunet trouxe à tona a discussão sobre compulsão alimentar, ao compartilhar suas próprias experiências e desafios dentro da casa mais vigiada do país. “Eu estou completamente descompensada na alimentação. Estou muito ansiosa. E eu já tive questões alimentares. Então, estou depositando absolutamente tudo na comida”, desabafou.
Em outro momento, a modelo expressou um pouco mais do que tem vivenciado: “Quem tem questões alimentares vai conseguir entender isso. Você se sente cheio e vazio ao mesmo tempo. Parece que o único momento em que eu não penso, não fico ansiosa, é o momento em que eu como, mas logo em seguida já vem de novo”, acrescentou.
Sua coragem em falar sobre essa questão tão pessoal tem aumentado a visibilidade e conscientização sobre o tema, estimulando o diálogo e a busca por ajuda.
Repórter: Mayra Monteiro
“Orgulhosamente paraense. Atua
como repórter no DOL e assessora de comunicação do Instituto Tradição do Pará.
Formada em Comunicação Social – Jornalismo pela Estácio FAP, é apaixonada por
ouvir e contar histórias, assim como aprender e compartilhar experiências”.