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domingo, maio 4, 2025
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Como o delivery salvou negócios durante o lockdown

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Desde a década de 1990, Inácio Paiva Lima, 56, é conhecido por comercializar farinha de mandioca. No ano de 2020, Inácio explica que teve Covid-19 e por dias sentiu dores de cabeça e falta de olfato. “A gente é acostumado a trabalhar com o público e se deparar com uma situação como aquela foi bem desafiador. Eu lembro que para buscar a farinha de Bragança, eu precisava pegar autorização da prefeitura”, rememora o vendedor.

Porém, o momento de pandemia serviu de aprendizado para o negócio de farinhas, pois com a movimentação restrita de clientes devido ao lockdown, Inácio enxergou uma oportunidade em driblar a queda de compradores. “Como a feira fechava cedo, alguns dos poucos clientes que vinham pediam do carro. Para não perder as vendas, eu comecei a fazer a entrega nas casas. Eles faziam o pedido e eu realizava o delivery até de noite”, comenta sobre a estratégia adotada para manter as vendas cinco anos atrás.



Durante o lockdown, Gabrielle Alves, 24, estava com 19 anos. A feirante lembra que teve a doença e ficou muito apreensiva por ser asmática, mas que apresentou apenas falta de olfato e paladar. “Os cuidados foram redobrados com o uso de máscara e álcool em gel. Meu medo era porque tinham idosos em casa”, comentou. Com relação ao trabalho, duas situações foram observadas.

Gabrielle explica que os clientes eram pouquíssimos e com a queda nas vendas, a família teve prejuízos com frutas que estragaram devido à pouca procura. Uma outra situação observada pela feirante foi a importância do delivery para o comércio das frutas durante as medidas restritivas no lockdown. “Um dos aprendizados foi esse, da entrega na casa do cliente. Era uma forma de mantermos as vendas”.



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O vendedor de camarões Antônio Raposo, 57, afirma que “quebrou” durante o momento da pandemia em 2020. Raposo relembra que para pagar as dívidas que contraiu com os fornecedores dos crustáceos, precisou gastar o dinheiro que possuía guardado na poupança. “Naquela época do lockdown, eu lembro que as ruas ficaram bloqueadas com carros da polícia para que as pessoas seguissem as medidas de segurança”.

Raposo diz que não teve Covid-19, mas viu colegas da feira perderem a vida por causa da doença. “Eu lembro que em 1º de maio de 2020, foram cinco feirantes que morreram nesse único dia. Eu fiquei três dias sem sair de casa com medo. Perdi clientes, inclusive”, relembrou. Cinco anos depois, a barraca do Antônio está sortida dos mais diversos tipos de camarões e com clientes a qualquer momento. “Teve gente que fez dívidas comigo naquela época e não pagou até hoje. Eu cobro”, brinca.

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