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quarta-feira, junho 18, 2025
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Brasil e ONU detalham iniciativas éticas sobre mudanças para a COP 30

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Faltando menos de 150 dias para o maior evento climático do mundo, a Amazônia se prepara para debater o futuro do planeta também de forma política.

A presidência brasileira da COP30 e a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciaram, nesta terça-feira (17), os detalhes do Balanço Ético Global (BEG), uma iniciativa inédita que busca colocar a ética, os saberes diversos e a escuta ativa no centro das negociações climáticas internacionais. O projeto será um dos pilares da conferência que ocorrerá em Belém (PA), em novembro deste ano.

O BEG surge como resposta à emergência climática e tem como proposta ir além dos dados técnicos e das metas numéricas. A ideia é incorporar experiências de vida, saberes tradicionais e valores humanos nas discussões sobre o futuro do planeta.

Seis encontros regionais até setembro

O projeto será conduzido por meio de seis Diálogos Regionais, programados para acontecer entre junho e setembro de 2025. Os encontros reúnem lideranças indígenas, religiosas, empresariais, políticas, científicas, jovens e representantes de comunidades locais.

O ciclo de encontros começa em 24 de junho, em Londres, e passará ainda por Bogotá (Colômbia), Nova Déli (Índia), Ilhas Fiji, Nova York (EUA) e uma cidade africana, ainda a ser confirmada, durante a Semana do Clima no continente. Cada sessão contará com até 30 participantes.

Governança compartilhada

O Balanço Ético é uma das quatro frentes estratégicas da presidência brasileira da COP30, chamadas de “Círculos da Presidência”, que também incluem os círculos dos Ministros das Finanças, dos Povos e dos Presidentes (formado por ex-líderes da COP).

A governança do BEG será compartilhada entre a ONU, o governo brasileiro e a presidência da COP30, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do secretário-geral da ONU, António Guterres, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Entre os nomes que vão coordenar os diálogos regionais estão Mary Robinson (ex-presidente da Irlanda) representando a Europa, Karenna Gore (ativista e filha do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore) para a América do Norte, e Wanjira Mathai (filha da ambientalista queniana Wangari Maathai) na África. Os representantes da Ásia, Oceania e América Latina serão divulgados em breve.

Participação cidadã e legado para a COP30

Além dos encontros oficiais, o BEG prevê a participação ativa de cidadãos, organizações e comunidades, que poderão organizar seus próprios debates utilizando a metodologia do projeto. As contribuições serão reunidas em um relatório final que será apresentado durante a COP30.

Ao todo, serão elaborados seis relatórios regionais e uma síntese global, que serão entregues aos chefes de Estado e negociadores como subsídio ético às decisões políticas da conferência. O material também incluirá produções artísticas — como vídeos, poesias, ensaios e obras visuais — que serão exibidas em uma exposição imersiva no Pavilhão da Zona Azul, área oficial da ONU nas COPs.

Uma COP para a história

Com o Balanço Ético Global, o Brasil e a ONU querem transformar a COP30 em um marco histórico, unindo ciência, ética e justiça social na busca por respostas mais humanas, inclusivas e efetivas diante da crise climática.

A proposta reflete o compromisso de colocar as pessoas, suas histórias e seus saberes no centro das decisões, em um momento considerado crucial para o futuro do planeta.

Fonte: CNN Brasil

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