Aproveitando o clima de folia para fomentar debates importantes para a sociedade, a 3ª edição do Bloco Pato de Máscara, levou às ruas de Belém, neste domingo (23), uma mensagem de conscientização sobre o combate ao trabalho infantil, voltado especialmente para as crianças que atuam na cadeia produtiva do açaí. O Bloco também prestou homenagem ao saudoso Epaminondas Gustavo, juiz e humorista paraense.
A concentração dos brincantes ocorreu às 9h na Praça Waldemar Henrique, atrás do prédio da Companhia Docas do Pará (CDP), e seguiu pela Boulevard Castilho França, passando pelo Mercado do Ver-o-Peso, em direção à Praça Dom Pedro II. A programação contou com a participação dos Bonecos Cabeçudos de São Caetano de Odivelas e da Associação Vaca Velha.
Vanilza Malcher, juíza do trabalho e gestora nacional de regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, é coordenadora do Bloco e enfatiza que além da alegria, o objetivo é espalhar a mensagem da causa social escolhida, uma vez que o trabalho infantil é um mal que atinge não apenas crianças e adolescentes, mas toda a sociedade que sofre com o reflexo da evasão escolar e jovens que não se desenvolvem plenamente.
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“Entendo que todos os momentos, onde se reúnem uma grande quantidade de pessoas, é um momento importante para nós trazermos as mazelas sociais ao debate. Então, o trabalho infantil não pode ficar fora disso”, destacou a coordenadora.
Anderson Reis, diretor do Departamento de Ações Culturais da Fumbel, compareceu e destacou a importância da Prefeitura de Belém desenvolver a cultura e apoiar projetos de inclusão social. “São ações que promovem o Carnaval, mas também levam uma mensagem de cunho social, então é importante que estejamos apoiando não só a folia, mas esse tipo de concepção que gera reflexões”, afirma.
Parceria importante para a promoção do projeto, Sebastião Campos, presidente do Sistema Fecomércio Pará, diz que não deixa de prestigiar a campanha e avalia o trabalho como fundamental para o desenvolvimento da sociedade. “É um trabalho orgânico, essencial porque sabemos da importância do estudo para jovens e crianças conseguirem se desenvolver enquanto cidadãos. Eu não deixo de estar aqui, faço o que for para ver essa alegria”, pontua.
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URUBU
Ao completar 15 anos, o Bloco Amigos do Urubu arrastou neste sábado (22) centenas de foliões que já estão no aquecimento para o Carnaval 2025 e não pararam de se divertir por conta da chuva. A concentração ocorreu no Ver-o-Rio, e seguiu em cortejo às 16h até o estacionamento do Parque Porto Futuro, em Belém.
O bloco já faz parte do pré-carnaval de Belém, e Tiago Estácio, fundador e coordenador do bloco, explica que a criação se deu em homenagem a Felipe, um amigo que faleceu há 18 anos e era apelidado carinhosamente de “Urubu”. No início, em 2015, o bloco era realizado no bairro da Cidade Velha e reunia cerca de 150 pessoas. E a gente sempre traz alguém do Axé para completar a diversão, para reviver o pré-carnaval que existia na Cidade Velha”, diz.
A mãe de Felipe sempre participa do bloco que homenageia o filho, e comenta que essa movimentação e alegria por causa dele é motivo de amor, já que é uma forma de mantê-lo vivo no coração e na memória. “Se ele estivesse vivo, com certeza estaria aqui, tomando todas! E eu adotei esses amigos também, eu adoro todos eles. Para mim, essa é a maior prova de amor do mundo, é manter o Felipe próximo à nós”, afirma.
Parceiros pato de máscara
- O Bloco Pato de Máscara conta com as parcerias da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT da 8ª Região, Universidade da Amazônia-UNAMA, Prefeitura de Belém-Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Clínica de Trabalho Escravo da UFPA, Associação dos Advogado Trabalhistas (ATP) FECOMÉRCIO-SESC/SENAC, Mirante Design, Associação dos Funcionários do Banpará e Prefeitura de São Caetano de Odivelas.
