A qualidade do gramado da Curuzu voltou a ser tema de debate dentro do Paysandu. Após a última partida, na quarta-feira (5) à noite pela Copa Verde, diante do Porto Velho-RO, os próprios jogadores não esconderam o descontentamento com as condições do campo, apontando a situação como um fator que tem prejudicado o desempenho individual e coletivo da equipe.
O atacante Rossi fez críticas diretas à situação do gramado, enquanto o volante Matheus Vargas foi ainda mais incisivo na sua avaliação pós-jogo. O meia destacou que a equipe tem um estilo de jogo técnico, mas que encontra dificuldades para propor as ações em um campo com problemas estruturais. Vargas seguiu ao entender a cobrança da torcida, especialmente pelo segundo jogo seguido apresentando somente o básico nas quatro linhas.
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“Nosso primeiro tempo foi muito abaixo novamente. Se eu disser o que aconteceu nos bastidores… Mas temos que ser cobrados. A cobrança que houve no intervalo é justa. Temos que andar juntos, remar todos para o mesmo lado, se cobrar, cobrar mais. Temos que melhorar. Tenho que falar também do campo, que é uma coisa que estamos cobrando muito da diretoria. Tem onze anos que não fazem a troca do gramado. Ele está sem condições de trabalhar a bola. Temos uma equipe técnica, que vai jogar propondo o jogo. Isso dificulta. Não é desculpa. Peço novamente até desculpa para o torcedor que vem aqui esperando um grande espetáculo, mas com esse campo não dá, não dá”, avaliou o profissional.
Sobre essas reclamações dos jogadores a respeito do estado do gramado da Curuzu, o treinador Márcio Fernandes se mostrou compreensivo e reforçou a importância de ter boas condições para o desenvolvimento do jogo. “Quem joga são os jogadores. Se eles estão achando isso, a gente vai procurar a melhor solução para dar a melhor condição. Eu fui jogador e gostava de ter sempre o campo bom. Às vezes, o campo não dá essa condição e atrapalha. É preciso ter essa qualidade, e não estamos tendo”, comentou.
REFLEXÃO
Após a classificação sofrida para as quartas de final da Copa Verde, o técnico Márcio Fernandes fez uma análise sobre o desempenho da equipe do Paysandu e os desafios enfrentados neste início de temporada. O treinador destacou o desgaste físico provocado pela sequência de jogos e a necessidade de concentração em partidas eliminatórias, ao deixar claro. “É desgastante, muitos jogos em começo de temporada”, disse.
O treinador ainda ressaltou a importância da mentalidade nos confrontos decisivos e elogiou a postura do time diante das dificuldades da partida. Para ele, a preparação emocional faz diferença, e quando a equipe entra desconcentrada, muitas vezes não há tempo para reagir. “A concentração para esses tipos de jogos é diferente, não é como para um clássico, aí facilita (para o adversário). Quando acordam, às vezes, não dá tempo mais. São coisas que a gente sabe que não devem acontecer, mas acontecem. Temos que trabalhar muito para fazer com que eles entendam. Hoje (quarta) a equipe foi muito concentrada, fizeram um jogo muito bom, apesar das dificuldades. Esse time eliminou nosso rival ano passado. Dentro do campo, você não ganha quando quer. Tem que ser determinado, e fomos determinados”, explica.